Páscoa negocia R$ 85 milhões

Com as vendas de Páscoa projetadas em quase R$ 85 milhões, a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) estima ter comercializado 9% mais do que o mesmo período do ano passado. Somente durante o feriadão, foram comercializadas 5,7 milhões de caixas de bombons no Estado.

Segundo avaliação do presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, a Páscoa superou as festas de fim de ano e assumiu definitivamente o posto de melhor data comemorativa, em vendas, para o setor. "Confirmando nossas expectativas, a Páscoa deste ano foi dos adultos, que buscaram ovos de maior valor agregado, sobretudo os premium, especiais e trufados e incrementaram sua cesta de compras com pescados, colombas pascais, vinhos e outros produtos", explicou Longo. Explica que 52% dos ovos de chocolate comercializados foram produtos para os adultos, e 48% de ovos para o público infantil.

Nas lojas especializadas também foi contabilizado um bom faturamento. Carolina Kechinski, dona de uma franquia no Shopping Rua da Praia, comemorou o faturamento deste ano e contou que a Quinta-Feira Santa foi o melhor dia de vendas. A administradora Rita Spassim foi uma das clientes que comprou os presentes na véspera. Ela falou que não gosta de chocolates e costuma fugir da comemoração de Páscoa. "Mas não tem como evitar. Preciso presentear duas crianças e aproveitei as promoções de últimos dias", disse.

No comércio lojista, os produtos mais vendidos nesta data foram artigos como calcinha, sutiã e camisetas. "Como alternativa ao chocolate, muita gente optou por comprar presentes de perfumaria e confecção. O valor aproximado do gasto foi de R$ 80,00", calcula o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Gustavo Schifino. De acordo com o dirigente, o Dia das Mães - próxima grande data para o setor - deverá registrar um crescimento de até 8% nas vendas em relação ao ano passado. Roupas, calçados, eletrodomésticos, perfumes, aparelhos celulares, joias, flores, máquina de lavar e bolsas devem figurar entre os itens mais comercializados.

As vendas serão boas, mas ainda é preciso avaliar a questão das importações. Há uma sobretaxa sendo cobrada sobre os artigos têxteis importados - principalmente os compostos de algodão - e também um atraso na liberação desses artigos."

Fonte: Correio do Povo