Nota Técnica: Confiança de Serviços em fevereiro permanece abaixo do nível registrado em igual período de 2011
Jousi Quevedo

O Índice da Situação Atual (ISA-S) teve retração interanual de 8,1%, enquanto o Índice de Expectativas registrou alta de 0,7%.

De acordo com a Sondagem de Serviços, divulgada pela FGV, a confiança dos empresários do setor apresentou alta de 2,1% entre janeiro e fevereiro, resultado do acréscimo de 2,2% no Índice de Expectativas (IE-S) e 2,0% no Índice de Situação Atual (ISA-S). Já na comparação com igual período de 2011, a Confiança de Serviços caiu 3,2%, queda superior à verificada em janeiro, na mesma base de comparação (-1,0%). A retração do ICS, em relação ao ano passado, é reflexo de perspectivas menos favoráveis dos empresários em relação ao momento presente.

Acerca do ISA-S, o quesito que mede o volume de demanda atual apresentou retração de 9,8%, sendo, portanto, o que mais influenciou para a queda entre fev/11 e fev/12. Do total de empresas consultadas, 20,8% consideram a demanda atual forte, frente a 25,9% em fevereiro do ano anterior. Com relação ao aumento verificado no IE-S, ainda na comparação interanual, o principal responsável pelo aumento foi o indicador do nível de demanda para os próximos três meses, cuja expansão no período foi de 2,1%. Para esse indicador, a parcela de empresas que prevêem crescimento na demanda cresceu de 50,3% em fevereiro do ano anterior para 53,7%.

Em termos de setores, em relação a fevereiro de 2011, somente Serviços de Limpeza em Prédios, Domicílios e Outros Serviços Prestados às Empresas registrou acréscimo na confiança (3,3%). Os demais setores apresentaram queda, com destaque para: Serviços de Alojamento (-13,3%), Outras Atividades de Serviços (-9,4%), Atividades Jurídicas, Contábeis e de Assessoria Empresarial (-6,9%) e Serviços de Manutenção e Reparação (-6,3%).

A retração do ICS em relação a igual período de 2011 é determinada, em grande parte, pela desaceleração da atividade econômica, tal como evidenciado pela queda expressiva no indicador de demanda atual. Para os próximos meses deveremos observar melhoria no indicador, em linha com a recuperação da atividade econômica, cujas projeções apontam para um ritmo um pouco mais intenso de expansão a partir do segundo semestre. Por fim, cabe destacar que, apesar do patamar inferior ao início de 2011, o ICS está em 129,6 pontos, o que revela otimismo por parte dos empresários do setor.

Fonte: Fecomércio

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