Mudar as regras de concessão do seguro-desemprego é retirar direitos dos trabalhadores
Gabriella Oliveira

De acordo com o presidente nacional da central, a medida causa estranheza na forma apresentada pelo Ministério da Fazenda.

De acordo com o presidente nacional da central, a medida causa estranheza na forma apresentada por insensíveis tecnocratas do Ministério da Fazenda.

É com preocupação que recebemos a informação divulgada nos meios de comunicação revelando que o governo federal pretende limitar a concessão do seguro-desemprego e cortar parcelas.  A medida causa estranheza na forma apresentada por insensíveis tecnocratas do Ministério da Fazenda, e é desnecessária já que resultará em perdas irreparáveis para os desempregados, retirando direitos dos trabalhadores.

Vale lembrar que o seguro-desemprego é um direito do cidadão, previsto na Constituição de 1988. Portanto a Força Sindical irá entrar com uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) no STF (Supremo Tribunal Federal), e fazer manifestações e atos em todos os Estados, caso a medida seja implementada pelo governo. Não vamos permitir esta insensibilidade social, visto que a medida prejudica quem mais precisa de ajuda, que é o desempregado. A limitação das parcelas impede que a medida atinja o seu real objetivo, de dar amparo social de maneira ampla às pessoas que perderam seus postos de trabalho.

Lamentamos que o governo tenha efetuado desonerações de bilhões de reais em diversos setores da economia e não cobrou contrapartidas sociais como forma de evitar a rotatividade de mão-de-obra. O setor sucroenergético, por exemplo, com desonerações concedidas recentemente, contabiliza uma rotatividade de mão-de-obra que chega a 50%.

Mudar as regras de concessão do seguro-desemprego é fruto da intransigência e da falta de diálogo do governo. Esta arbitrária e nefasta medida só trará prejuízos para a sociedade brasileira.

Paulo Pereira da Silva (Paulinho da Força)

Presidente da Força Sindical

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