O secretário geral do Sindec-POA, Clàudio Janta, recepcionou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, no auditório da central nesta sexta-feira, em ato que contou com lideranças sindicais filiadas à Força de todo o Rio Grande do Sul. Janta introduziu o ministro falando da Emenda 29 e da importância da regulamentação de tributos oriundo da legalização dos jogos para serem destinados à Saúde. Lupi está em Porto Alegre para as comemorações dos 50 anos da Legalidade e para o 5º Congresso Nacional do PDT. Lupi cumpriu ainda agenda com a presidente Dilmaa Rousseff na Expointer, em Esteio. O presidente do Sindec-POA, Nilton Neco, prestigiou o ato.
O ministro Lupi agradeceu Janta pelo convite e as várias entidades presentes que lotaram o auditório da Força Sindical-rs. O superintendente regional do Trabalho no RS, Heron de Oliveira, acompanhou Lupi na central. O ministro aproveitou a oportunidade e anunciou a informatização dos registros sindicais e a automatização do processo burocrático em um sistema descentralizado do Ministério do Trabalho e Emprego. Na questão jurídica, quando houver disputa vai valer a data da entrega da documentação em cada agência e superintendência do Trabalho, anunciou Lupi, em primeira mão. "Tudo que vocês quiseream saber da questão sindical está no site do mte.gov.br. Somos o terceiro site mais visitados no Brasil, utilizem essa inovação que a cada dia estamos aprimorando", convidou o ministro.
O ministro afirmou que até dezembro o processo deverá estar em atividade.
"O patrão reclama de muita fiscalização e o trabalhador que falta fiscalização, então é muito importante o papel da superintendência, porque estamos no fio da navalha", disse.
Contexto brasileiro
Sobre o contexto brasileiro, Lupi afirmou que o país está em um momento muito positivo. "Somos uma ilha de crescimento, apesar da crise. Entre 20 nações, o Brasil está crescendo mais que 4,5% ao ano. E somos o país que mais está formalizando o trabalho, na China não há formalizações, por exemplo", destacou.
"É um momento muito especial e isso acontece pela geração de emprego formal com 60% da mão de obra com carteira de trabalho assinada", referiu Lupi.
Há casos em que falta qualificação profissional e por isso a pessoa não consegue emprego, apontou Lupi, para quem qualificar o trabalhador é uma meta de govenro. "É fundamental a organização das entidades sociais e quanto mais isso crescer mais vocês representam a sociedade brasileira. Defendo a organização sindical porque é através de seus sindicados que os trabalhadores avançam em suas conquistas. São avanços a olhos nu", afirmou Lupi.
Aumento real do salário, aumento da renda da população são as grandes vitórias do ministério. "É o trabalhador da base que movimenta a economia, com mais gente comprando e vendendo", frisou o ministro.
Conforme Lupi, pela primeira vez nos últimos dois anos, o capital maior que tem vindo do estrangeiro está entrando para a produção, com investimentos em indústria, tecnologia e maquinário.
Lupi falou ainda de um projeto do governo que garante a propriedade de terras em grande escala para os brasileiros. Segundo Lupi, a proposta garante a soberania nacional e por isso influi em interesses do capital internacional. "Temos que ficar alertas sobre esse projeto, porque já há quem queira derrubá-lo".
Ponto eletrônico
O Registro Eletrônico de Ponto dará informações diárias sobre o horário de trabalho. O ministro explicou como se deu o processo e esclareceu a polêmica em torno da questão. "Com o papel, o trabalhador tem a prova material de seu trabalho", disse, afirmando que com a comprovação não precisa se discutir na Justiça ações infindáveis. Conforme Lupi, a renda do trabalhador aumentou e as empresas se regularizaram com o ponto eletrônico. Além disso, a produtividade cresceu com o cumprimento da lei.
Lupi concluiu: "Deculpa se falei demais, mas a atenção de vocês me trouxe inspiração", recebendo os aplausos da plateia.