Funcionamento do comércio no final de ano
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Para economizar no dia a dia, muitos trabalhadores têm recorrido à boa e velha marmita. Na empresa onde Luciano Nogueira trabalha, 90% dos empregados levam a refeição de casa e o refeitório é bastante disputado na hora do almoço.
Eu acredito que consigo economizar até 70% trazendo a minha comida de casa. Aqui na região do Brooklin (Zona Sul da capital), a gente gasta, em média, de R$ 15 a R$ 20 para almoçar em um restaurante por quilo, incluindo uma bebida", diz Luciano, 37, que é auxiliar administrativo e trabalha no escritório há três anos. A empresa oferece o benefício do vale-refeição aos funcionários. "Mas eu prefiro guardar o vale e usar nos fins de semana", conta.
A gerente administrativa Rachel Lima, 30, também guarda o vale-refeição para outras ocasiões. Ela trabalha em um escritório de arquitetura no bairro do Itaim Bibi (Zona Sul) e diz que o almoço por quilo na região não sai por menos de R$ 20, com a bebida. "Na semana passada resolvi almoçar um PF (prato feito) por aqui e gastei R$ 30. O meu vale-refeição é de R$ 15,09 por dia", diz. No escritório, a maioria dos funcionários também já aderiu à marmita.
Legislação /De acordo com o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), as empresas não são obrigadas a fornecer alimentação aos empregados. Elas podem, voluntariamente, aderir ao PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador) e escolher uma das modalidades do programa: refeições preparadas, cestas de alimentos ou convênio (vale-refeição ou vale-alimentação).
Porém, nos estabelecimentos em que trabalhem mais de 300 empregados, é obrigatória a existência de um refeitório e não é permitido que os trabalhadores façam suas refeições em outros locais. As empresas que têm entre 30 e 300 empregados têm obrigação de disponibilizar equipamento para aquecer as refeições levadas pelos funcionários.
Empresa oferece comida pronta pela internet
A jornalista Fernanda Canto desistiu da carreira de assessora de imprensa e, há três anos, montou seu negócio: marmita gourmet, vendida pela internet. "Eu fazia a minha comida e levava para o trabalho. Algumas colegas começaram a pedir para levar para elas. E quando eu percebi, o negócio estava dando certo", conta. Fernanda decidiu montar um blog para vender o serviço e manter contato com as clientes.
Todos os pedidos são feitos por meio da internet
(www.danadadananda.blogspot.com) ou por e-mail. Na segunda-feira ela divulga o cardápio da semana. O cliente tem até quarta-feira para fazer o pedido, que é entregue no domingo. "Eu ofereço de sete a dez pratos no cardápio da semana e a pessoa escolhe. Às vezes faço a mesma comida, mas com alguma variação", explica. Só o preço dos pratos não variam. Custam R$ 14 e têm, em média, de 350 g a 400 g de comida.
A procura pelo serviço aumentou muito no último ano. Atualmente, Fernanda entrega cerca de 300 pratos por semana e já pensa em expandir o negócio. "Comer na rua está muito caro. Não se gasta menos de R$ 30 por almoço nas regiões mais nobres da cidade, como o Brooklin ou a Berrini. E a qualidade da comida nem sempre é boa para justificar o preço", analisa Fernanda, que têm entre seus clientes designers gráficos, médicos e administradores.
A entrega das refeições é terceirizada. Por isso o cliente paga uma taxa que varia, em média, de R$ 6 a R$ 8, dependendo da localização. "Muita gente já aproveita para comprar em grande quantidade e economiza na taxa de entrega. As comidas são congeladas, entregues em embalagem descartável e têm validade mínima de 2 meses", diz.
Fonte: Diário de S. Paulo
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