Lojistas e comerciários cobram medidas para coibir a falta de segurança nas proximidades do comércio de rua da Capital
Gabriella Oliveira

Empresas dos bairros e centro da capital são as mais atingidas pela falta de efetivo da Brigada Militar.

Pela segunda vez, só no mês de abril, a falta de segurança em áreas de grande concentração comercial da Capital é tema de reunião entre o Sindilojas Porto Alegre, o Sindec-POA e o Comando de Policiamento da Capital. No encontro, realizado nesta segunda-feira (27), na sede do Sindilojas Porto Alegre, foram identificadas as regiões da cidade com maior dificuldade – o centro histórico, os bairros Teresópolis, Bom Fim e Floresta, e as Avenidas Assis Brasil e Azenha. Além disso, o sábado – principal dia de vendas na semana – foi sinalizado como sendo o período com maior número de abordagens nas lojas de rua.

A partir desse levantamento, o comandante do Policiamento da Capital, Ten. Cel. Mario Ikeda, afirmou que a Brigada Militar irá tomar medidas para coibir a ação dos criminosos, especialmente, nos sábados e em horário comercial. “Queremos intensificar nossa ação, mas, para isso, precisamos do apoio de toda a sociedade sinalizando onde estão ocorrendo os assaltos para termos uma atuação mais efetiva”, disse. Segundo o comandante, mais de 3 mil pessoas já foram presas em Porto Alegre desde o início do ano. Só na última semana foram 169 prisões.

O presidente do Sindec-POA, Nilton Neco, ressaltou que existem exemplos a nível mundial de que é possível reduzir a criminalidade e a violência nas ruas, inclusive Porto Alegre já conviveu com a sensação de mais segurança durante a Copa do Mundo, onde houve policiamento ostensivo na cidade.

“Atualmente vivemos uma sensação de insegurança, precisamos buscar avanços, não só fortalecendo a Brigada Militar para que tenha condições de atuar, mas também trabalhando em conjunto. Vamos avançar na elaboração de um projeto para levar às autoridades competentes e temos a certeza de que nossa mobilização não ficará sem resposta”, enfatizou.

Na ocasião, o presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse, garantiu que irão avançar no debate e exigir soluções definitivas e não só paliativas. “Nosso próximo passo é cobrar do Governo do Estado investimento para o aumento do efetivo da Brigada Militar e da Polícia Civil e para uma melhor infraestrutura e comunicação dos órgãos. Afinal, não podemos querer uma ação eficaz com estruturas de contato entre as equipes arcaicas e ultrapassadas”, disse.

Colaboração Sindilojas POA

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