Decisões que interferem na vida do trabalhador.

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Janta critica governo brasileiro pelo adiamento da implementação da NR-1 por mais um ano

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Clàudio Janta
Diante da prorrogação do início da obrigatoriedade das medidas para proteção da saúde mental no ambiente de trabalho por mais um ano, passando de 2025 para 2026, Clàudio Janta, Secretário-Geral do Sindec-POA, declarou que a decisão não surpreende.

A NR-1 é uma disposição complementar à CLT que melhora a vida das pessoas e que contrasta com um cenário em que há um número elevado de trabalhadores(as) afastados por problemas psicológicos, sendo hoje um dos maiores males à saúde do trabalhador e da trabalhadora.

Considerando que o decreto é ato administrativo de governo, também conhecido como decreto lei, ele serve para mandar cumprir alguma legislação existente ou reforçar seu cumprimento, Janta aponta o fato de o governo atual não ter anulado ações desfavoráveis às populações que foram decretadas nos governos Temer e Bolsonaro.

Em contrapartida, o sindicalista condena a intromissão governista nas relações sindicais, como na regulamentação do trabalho aos domingos e feriados. “Por isso, não surpreende o adiamento da implementação da NR-1, uma norma imprescindível para o conjunto da sociedade”, lamenta, ao dizer que as questões de natureza psicológica transcendem os limites das classes sociais, raça ou credo religioso.

Janta cita a imagem daquele trabalhador(a) que nos atende com um sorriso no rosto, mas que estão destruídas internamente. Outro caso que ele resgata é o de uma mãe de filho autista, cujos traumas superam os de um soldado na guerra, mas que cumprem sua jornada de trabalho e a autonomia de seus filhos e que sejam incluídos no mundo social normalmente, com acompanhamento na escola por um terapeuta ocupacional.

Indiferença do governo brasileiro

E quando o governo suspende a implementação da NR-1 ele admite que trabalhadores(as) doente continuem trabalhando sem acompanhamento médico e psicológico, novamente calando-se e recusando-se a ver essas pessoas. É o mesmo governo que não reduziu em nenhum segundo a jornada de trabalho, não apresentou nenhuma política de geração de emprego e de qualificação profissional. Trata-se um governo que se prolonga há 20 anos e ainda não elaborou uma política consistente para os trabalhadores e suas famílias”, denuncia o Secretário-Geral do Sindec.

Ao criticar a apatia do governo brasileiro, Clàudio Janta acredita que, a não ser por uma composição com parlamentares no Congresso Nacional, a redução da jornada de trabalho e a redução da escala, visto não haver qualquer movimento do governo nessa direção, que poderia significar um progresso em relação ao que prega a NR-1 e pode melhorar a vida das pessoas, de fato.

Reportagem:
Renato Ilha, jornalista (Fenaj 10.300)

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