Intenção de consumo das famílias recua e atinge menor nível desde 2010
Gabriella Oliveira

ICF marcou 127,7 pontos, queda mensal de 2,2% e de 6,2% ante 2012.

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) atingiu 127,7 pontos em maio, queda de 2,2% ante abril e de 6,2% em relação a igual mês de 2012, de acordo com pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada nesta terça-feira (21). De acordo com a entidade, o índice está no menor nível da série iniciada em janeiro de 2010.

“O comprometimento da renda das famílias, alimentado não só pelo nível ainda elevado de endividamento e inadimplência, mas também pela persistência inflacionária ocorrida nos primeiros meses do ano, e o maior custo de aquisição de crédito influenciaram negativamente o resultado do ICF no mês”, destaca a CNC.

O menor otimismo quanto ao mercado de trabalho também vem se refletindo sobre o índice, fato ocorrido novamente no período atual. Mas apesar do resultado, todos os subíndices mantêm-se acima da zona de indiferença (100,0 pontos), indicando um nível favorável de consumo.

Na comparação mensal, com exceção do indicador de Perspectiva Profissional, que apresentou ligeira alta de 0,1%, a queda de 2,2% do ICF deu-se tanto pelos componentes relacionados ao mercado de trabalho quanto pelo consumo, que apresentaram variações negativas.

“O nível mais alto de preços vem corroendo parte do crescimento da renda, comprometendo ainda mais a intenção de consumo”, diz a nota.

Na comparação anual, o recuou de 6,2% do ICF ocorreu puxado por todos os componentes da pesquisa, na mesma base de comparação. A desaceleração do ritmo de contratações e o menor crescimento da renda real, advindo das pressões inflacionárias, vêm comprometendo a confiança em relação ao mercado de trabalho.

Fonte: G1

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