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Inadimplência de pessoa física volta a subir em julho, informa Banco Central

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Taxa de inadimplência de empresas também avançou no mês passado.

A taxa de inadimplência das pessoas físicas, nos empréstimos bancários com recursos livres (sem contar crédito rural e habitacional), que mede atrasos nos pagamentos acima de 90 dias, voltou a subir em julho deste ano, informou o Banco Central nesta terça-feira (26).

A inadimplência nas operações bancárias das pessoas físicas subiu de 6,5% em junho para 6,6% no mês passado. Trata-se do maior patamar desde maio deste ano, quando estava em 6,7%.

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, minimizou a alta da taxa de inadimplência das pessoas físicas em julho deste ano.

[O aumento em julho] não tem significância dada a magnitude. Os atrasos de 15 a 90 dias, que são um indicador antecedente relevante para a inadimplência [que mede atrasos acima de 90 dias] continuaram recuando. Evoluíram favoravelmente. Isso dá mais robustez ainda à percepção de que a inadimplência encontra-se em patamar historicamente baixo e estável", declarou ele.

Pessoas jurídicas e inadimplência de todas as operações

Já a taxa de inadimplência das operações dos bancos com as empresas, ainda no segmento com recursos livres, também subiu em julho deste ano, quando atingiu 3,5%. Em junho, estava em 3,4%. Este é o maior patamar desde maio do ano passado, quando estava em 3,7%.

Considerando a taxa total de inadimplência, que engloba operações com as pessoas físicas e empresas, ainda nas operações com recursos livres, houve alta de 4,8% em junho para 4,9% em julho – maior nível desde maio deste ano (5%). Nesse caso, não são considerados créditos habitacional e rural e as operações do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Medidas de estímulo ao crédito

O aumento da taxa de inadimplência das famílias e das empresas acontece em um momento no qual o governo anunciou medidas de estímulo ao crédito. O objetivo é tentar ajudar o crescimento da economia brasileira, que vem registrando baixos níveis neste ano.

Na semana passada, o Banco Central duas medidas que vão liberar cerca de R$ 25 bilhões para os bancos emprestarem aos seus clientes. Em julho, a instituição já havia liberado R$ 45 bilhões para os bancos emprestarem. Além disso, o Ministério da Fazenda também anunciou medidas para medidas para facilitar a compra de imóveis financiados, além da concessão do crédito consignado para trabalhadores do setor privado e para retomada de garantias – como automóveis e caminhões – pelos bancos, em caso de inadimplência.

Proteste recomenda cautela

A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) recomendou que as pessoas pensem duas vezes antes de adquirir um novo empréstimo. "As instituições financeiras poderão retomar mais facilmente os bens financiados. Devemos ter em mente a situação do tomador de crédito hoje, que já se encontra endividado e que, num cenário de juros elevados, não tem para onde correr", avaliou a entidade.

Fonte: G1

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