FST - Neco, da OIT no Brasil, comemora presença de sindicalistas estrangeiros no FST 2012
Jousi Quevedo

Sindicalista comemorou a presença qualificada de trabalhadores estrangeiros.

Principal articulador da presença de 60 delegações estrangeiras na Oficina Mundo do Trabalho - foro tradicional dos foros Social ou Temático - o membro do Conselho de Administração da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Nilton Neco, voltou a ressaltar o valor da unidade na ação entre as centrais sindicais e reconheceu o mérito da prefeitura de Porto Alegre em garantir infraestrutura e logística para a realização do evento de caráter internacional.

Neco, que também é secretário de Relações Internacionais da Força Sindical, apontou a aprovação de documento pontuando oficialmente o posicionamento unificado das entidades sindicais como diferencial do Fórum Social Temático 2012, comparativamente aos anteriores. O texto consensual será levado ao chamado Mundo do Trabalho e apresentado na RIO+20, refletindo  a crença da sociedade organizada de que o Brasil deve exercer papel de protagonista na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, marcada para junho de 2012 na cidade do Rio de Janeiro. A conclusão faz parte do Relatório Final de uma consulta pública promovida pelo Ministério do Meio Ambiente para coletar subsídios à elaboração do documento que o Brasil submeteu à ONU em 01/11/11, contendo propostas e visões para a Rio+20.

Nos documentos produzidos na Oficina Mundo do Trabalho e no Seminário Internacional da Força - destaca o sindicalista - estão indicados caminhos para a superação da crise econômica mundial, levando em conta o sucesso das políticas públicas implementadas no Brasil, que fizeram com que o país chegasse à sexta posição no ranking das maiores economias do mundo, à frente de nações como Inglaterra - berço da Revolução Industrial - e Espanha.

BRICS NA CONTRA-MÃO DA CRISE - O representante da OIT se referiu à composição do remédio anti-crise brasileiro, com a mesma fórmula aplicada pelos países integrantes do BRICS - Brasil, Rússia, India,  China e Africa do Sul - que em 2003 respondiam por 9% do PIB mundial, subindo para 14%, em 2009, e 18%, em 2010, num total de US$ 11 trilhões. Considerando o PIB pela paridade de poder de compra, esse índice é ainda maior: US$ 19 trilhões, ou 25%. No entanto, o acerto brasileiro reside numa política de valorização de salários e redução de impostos; distribuição de renda por meio de programas sociais - como o Bolsa Família - e investimento no mercado interno, sob influência e com o respaldo  das centrais sindicais.

A presença do dobro da representação de sindicalistas estrangeiros para o Seminário Internacional da Força Sindical, realizado no mezanino da Usina do Gasômetro, dia 27/01, relativamente a 2010, mereceu especial citação de Neco. No depoimento do dirigente, ano passado compareceram 32 delegados internacionais, 28 a menos que esse ano, mais a integração de sindicalistas africanos e de participantes do Norte, Centro e Sul das Américas, fato que - para o diretor da OIT - demonstra a importância que o Fórum Social Mundial tem para os trabalhadores enquanto instrumento de intervenção pontual e positiva para a crise, sem desemprego, corte se salários e benefícios sociais, como atualmente ocorre na Comunidade Européia.

“PORTO ALEGRE SEMPRE” - Presidente do Sindicato dos Comerciários de Porto Alegre  (SINDEC), Nilton Neco entrou na campanha pela realização do Fórum Social Mundial de 2013 na capital do Rio Grande do Sul e a consagração definitiva da cidade como capital mundial do FSM, lembrando que a primeira edição, em 2001, e sete das 11 anteriores ocorreram em Porto Alegre. “A cidade não foi escolhida por acaso, mas pela vocação democrática de sua população, que provoca a existência de políticas públicas em prol da cidadania“, afirmou.

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