FST - Movimento sindical brasileiro é exemplo mundial; Secretário Nacional da Força coloca Trabalho Decente como prioridade
por Jousi Quevedo |
O secretário nacional da Força Sindical, João Carlos Juruna, afirmou, durante a oficina do Mundo do Trabalho do Fórum Social Temático, nesta quarta-feira no Teatro Dante Barone, na ALRS, que a força brasileira de mobilização por uma agenda justa hoje se encontra no movimento sindical unitário. "É isto que vem nos destacando em outros países. A liberdade sindical e a garantia de empregos, mas queremos mais, queremos qualidade de vida, estamos lutando pelo Trabalho Decente", disse, recebendo aplausos da plateia que lotou o auditório.
Segundo o sindicalista, que falou em nome da Força, todas as centrais estão conscientes da sua importância reivindicatória, o que se torna fundamental neste momento de crise, colocando os furos do sistema capitalista à mostra. "Queremos a redução de juros, salário digno para aposentados que ganham acima do mínimo e fim do fator Previdenciário para quem vai se aposentar. Queremos mais empregos, pois acreditamos que investindo e melhorando as condições de quem sustenta o país é que vamos tirar o Brasil da condição de vítima da especulação", afirmou. Ele reafirmou o apoio dos trabalhadores ao governo Dilma Rousseff, especialmente nas medidas que aprofundam a democraia e aumentam a igualdade. "Por isso vamos sempre cobrar que o trabalhador seja respeitado e ouvido".
A tarde de debates contou com duas mesas de sindicalistas brasileiros e estrangeiros abordando a realidade de suas nações. Problemas como a escravização no mercado de trabalho e o trabalho infantil foram discutidos e duramente criticados pelos participantes.
O Brasil vem sendo exemplo para as outras nações não somente pelo combate à crise, mas muito também pela liberdade democrática do movimento sindical
A companheira da América Andina, a venezuelana Rosa Helena, agradeceu a oportunidade de que dirigentes de outros países hoje estejam no Brasil fazendo o encontro para analisara crise mundial e os desafios do movimento sindical.
Represento um país em que o movimento sindical está sendo atropelado e perseguido pelo governo. Os dirigentes são encarcerados e retalhados por protestarem contra o desemprego e a favor da liberdade sindical", criticou, em referência ao governo Chávez.
Segundo Rosa, um simples acordo coletivo enfrenta as piores retaliações na Venezuela. "Mas estamos num momento de resistência e vamos seguir adiante e lutar contra a perseguição sindical. Vamos lutar para que nos países andinos se viva em democracia", afirmou.
O representante da América do Norte/Central, o mexicano Alexandre Vásquez disse que as centrais brasileiras são inspiração no movimento sindical mundial. "Não é causalidade estarmos em Porto Alegre discutindo os grandes problemas dos trabalhadores e suas famílias", disse. "Queremos salários dignos não somente para receber, mas para nos desenvolver como cidadãos", destacou.
Nos últimos dias, o debate sobre o fim da escala de trabalho 6x1 e a possibilidade de um modelo mais humanizado, com três dias de folga por semana, voltou ao centro das discussões. Esse é um tema que o Sindec-POA apoia e luta há décadas para que se torne realidade, não só pela sua importância social, mas por representar um avanço concreto nas condições de vida dos trabalhadores.
Com objetivo de oferecer à categoria comerciária, ferramentas de que possam completar e acelerar sua jornada de ensino e formação profissional, recentemente firmamos convênio com o Colégio Método para o EJA (Educação de Jovens e Adultos) ensino Fundamental e Médio.
Na noite de quarta-feira, 30 de outubro, data que celebra o Dia do Comerciário, o Sindicato dos Empregados no Comércio de Porto Alegre (Sindec) realizou a cerimônia de posse de sua nova diretoria para o quadriênio 2024-2028.
O Sindicato dos Empregados no Comércio de Porto Alegre e os sindicatos empresariais do comércio finalizaram com sucesso a campanha salarial, firmando um acordo que assegura avanços importantes para os trabalhadores.