Força Sindical-RS é contra uso do FGTS para financiar Copa e Olimpíadas; Recursos são benefício do trabalhador
Jousi Quevedo

"Vamos entrar na Justiça para impedir isso. O FGTS é do trabalhador e se tiver que financiar algo que seja para propostas que lhe favoreçam e não para patrocinar jogos que somente ricos poderão assistir", disse Janta.

A Força Sindical-RS é contrária ao financiamento de relacionadas aos jogos da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Brasil com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Estariam entre estas obras hotéis e aeroportos, estruturas que não são de primeira necessidade para os trabalhadores. Esta medida foi aprovada pelo Senado nesta semana e provocou indignação nos sindicalistas da central. O presidente da Força Sindical-RS, Clàudio Janta, afirmou que sua posição é "totalmente contrária ao uso do FGTS.

"Os recursos do fundo devem ser usados para saneamento das residências, construção de casas e investimento em escolas de qualificação profissional", afirmou, destacando o caráter absurdo da destinação do dinheiro do trabalhador para promover jogos que provavelmente só quem tem altos salários poderá assistir no Brasil.

"Vamos entrar na Justiça para impedir isso. O FGTS é do trabalhador e se tiver que financiar algo que sejam propostas que lhe favoreçam e não estruturas que só ricos têm condições de usufruir. Queremos investimentos em setores públicos", disse o presidente da Força Sindical-RS.

Quando a proposta de utilização dos recursos pelos jogos foi aprovada na Câmara dos Deputados, os sindicalistas exigiram do governo mudanças no texto da MP porque envolve milhões de contas dos trabalhadores.

Agora com a aprovação no Senado, a Força Sindical ajuizará uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) com pedido de liminar no STF (Supremo Tribunal Federal) contra a medida. “Não podemos permitir o uso indevido e sem segurança do patrimônio do trabalhador “, destacou o presidente de Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho.“É irresponsabilidade colocar esta reserva do trabalhador em investimentos que, até certo ponto, são incertos quanto a rentabilidade“, pontuou.

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