Ex-governador Germano Rigotto palestra no Congresso sobre a atual situação econômica do Brasil
Jousi Quevedo

Rigotto iniciou a palestra avaliando as origens da crise internacional e os impactos no Brasil.

O ex-governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto falou no III Congresso Estadual da Fetracos, que ocorre em Bento Gonçalves, durante o painel "A Conjuntura Política e Econômica do Brasil e os Desafios da Reforma Fiscal". Rigotto iniciou a palestra avaliando as origens da crise internacional e os impactos no Brasil.

  • O Brasil está cada vez mais globalizado e qualquer coisa que aconteça na Europa e Ásia tem repercussão aqui. A crise internacional que desencadeou em 2008, segue nos afetando até hoje. A força do sistema financeiro internacional é impressionante! O déficit nos países não vai acabar, pois não há um sistema de enfrentamento. Essa crise internacional vai ter novas etapas – observou Rigotto, enfatizando a falta de regulação do sistema financeiro.

A luta da Força Sindical-RS contra a desindustrialização e a alta do câmbio também foram pontos levantados pelo ex-governador.

  • Com o cambio alto é mais fácil importar do que produzir aqui no Brasil. As importações crescem em função do cambio. A Força Sindical-RS denuncia que se não houver reversão o país sofrerá a desindustrialização, o que acarreta menos geração de emprego e o Brasil corre o risco de voltar a era da colônia, onde tínhamos os ciclos que o Brasil dependia da exportação de produto primário.

Ele afirma ainda que esta é a grande ameaça ao Brasil neste momento, dizendo que o cambio não pode ficar menos de R$ 1,80, pois não há como o país competir e simplesmente vai acabar a indústria nacional.

Rigotto divulgou dados do Instituto Reformar, considerando as conquistas da sociedade brasileira, foram destaques a dívida líquida pública em relação em relação ao PIB em trajetória de declínio, dívida externa liquida negativa – o Brasil hoje é credor internacional, reservas internacionais acima de US$ 325 bilhões, mercado e crédito de quase 50% do PIB, sistema financeiro sólido e o Brasil é hoje grau de investimento, com perspectiva de melhora da classificação.

As perspectivas do país ficaram por conta do crescimento forte e sustentável nos próximos anos, a ampliação da classe média, obônus demográfico até 2025 e diversas oportunidades de investimento.

Hoje ainda haverá o segundo painel sobre “Os Desafios da Qualificação Profissional dos Trabalhadores Gaúchos” com a palestra do secretário de Estado do Trabalho e do Desenvolvimento Social, Luis Augusto Lara.

Texto: Ligiane Brondani

Fotos: Cintia Rodrigues

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