A Federação dos Comerciários da Força Sindical-RS, que tem como Presidente em exercício, Dionísio Mazui, se reuniu na manhã desta terça-feira (12) com a Rede Walmart, na oportunidade representada pelo Gerente de Relações Sindicais, Gil Cipeli, para esclarecimentos sobre o fechamento de lojas da rede que integram a base de atuação da Federação.
Conforme o advogado que representa a empresa no caso, Drº Flávio Obino Filho, a Rede decidiu pelo enxugamento da operação, finalizando a atividade em unidades deficitárias para favorecer o todo. “Ao fechar, a política da empresa foi buscar a realocação dos empregados”, sublinhou.
Obino confirmou oficialmente o fechamento de sete unidades em municípios que a Federação representa: cinco em Porto Alegre e duas em Canoas. O advogado informou que dos 400 trabalhadores afetados, 147 não manifestaram interesse em realocação. Na capital o número de funcionários atingidos pelo encerramento de operações chegou a 313, sendo que 189 optaram por serem realocados em outras lojas.
“Não estamos criando vagas ou demitindo outros funcionários para realocar os afetados com o fechamento das unidades. Estas vagas realmente existem e nós temos como absorver estes funcionários”, garantiu Cipeli.
Esclarecimentos
O Presidente em exercício da Fetracos-RS salientou que o clima entre os trabalhadores que permanecem na Rede, é de insegurança, até mesmo pela forma inesperada como foi anunciado o fechamento das lojas.
O Diretor do Sindicato dos Empregados no Comércio de Porto Alegre, Luis Carlos Barbosa, disse que o boato que circula é de que a bandeira Nacional estaria sendo negociada com o Grupo Pão de Açúcar e de que outras lojas ainda seriam fechadas na Capital.
Cipeli afirmou que os boatos são falsos. “Nós já fizemos um comunicado interno reforçando que as lojas não irão fechar”, informou o Gerente.
A Presidente do Sindicato dos Comerciários de Guaíba, Ivone Simas, aproveitou a oportunidade para expor problemas referentes às condições de trabalho na cidade. A empresa se colocou à disposição para se reunir individualmente com as entidades sindicais para resolver casos específicos.
Manutenção de emprego
Além da realocação dos trabalhadores, a Rede se comprometeu a realizar um workshop técnico, sobre inserção no mercado de trabalho para os funcionários que optaram pelo desligamento da empresa.
“A reinvindicação do Sindicato era no sentido de garantir e preservar o emprego dos trabalhadores dessas unidades fechadas. A empresa assumiu esse compromisso e isso é extremamente positivo. Esperamos que continue operando, que volte a crescer e a gerar mais empregos”, avaliou Barbosa.