Economistas preveem inflação alta e crescimento baixo para 2015
por Gabriella Oliveira | Para os economistas, um cenário mais positivo só começará a se desenhar em 2016.
O ano de 2015 será de inflação ainda alta e crescimento baixo, avaliam economistas. Eles ressaltam que o novo ciclo de alta de juros adotado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) demorará de seis a nove meses para ter impacto sobre os preços. Já a atividade econômica tende a arrefecer com o aperto monetário. Ontem (3), o Copom elevou em 0,5 ponto percentual a Selic, taxa básica de juros, que chegou a 11,75% ao ano.
Para os economistas, um cenário mais positivo só começará a se desenhar em 2016. O aperto fiscal sinalizado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, nomeado para o próximo mandato, também contribuirá para a economia menos aquecida. Apesar das perspectivas, os analistas consideram os ajustes acertados e preveem novas altas da Selic até o primeiro trimestre do ano que vem.
A gente pode dizer que é como dar um antibiótico para a pessoa que está com uma infecção, no caso a inflação. É uma medida extrema, em um momento em que a pessoa está bastante afetada pela doença. A ideia é que é um mal necessário", assinala o economista Gilberto Braga, professor de Finanças do Ibmec. Braga explica porque uma medida como a elevação na Selic demora a ter o efeito esperado, de desaquecimento da economia e consequente redução na inflação.
Quem já contratou um empréstimo, por exemplo, não recontratará para pagar mais caro. A alta afeta só as novas operações", salenta. Ele aposta em aumentos até que a Selic esteja um ponto percentual acima do patamar atual, mas não descarta que a taxa possa atingir 13%. "Vai depender da calibragem dos aumentos. A equipe econômica tem passado a impressão de jogo duro", comenta.
A economista Alessandra Ribeiro, da Consultoria Tendências, faz previsão diferente, de novos aumentos mais suaves para a taxa básica. Segundo ela, a consultoria está redefinindo a curva de juros, após o anúncio de ontem e aposta em altas da Selic de 0,25 ponto percentual, cada, nas reuniões do Copom em janeiro e março. O motivo é que, na nota divulgada depois da decisão sobre a nova Selic, o BC informou que o esforço da política monetária "tende a ser implementado com parcimônia".
Alessandra destaca que, além da demora natural para o ajuste nos juros ser sentido na economia real, em 2015 a inflação deve continuar pressionando, em função dos preços administrados, que ficaram represados por muito tempo este ano. "Há uma conta a pagar de energia elétrica, gasolina e transporte público. Por isso, a inflação fica muito próxima do teto da meta ainda no ano que vem", analisa Alessandra, destacando que a projeção da consultoria é fechamento em 6,4%.
Com relação ao crescimento, a previsão de Alessandra Ribeiro é que o cenário será ligeiramente melhor que o deste ano, prejudicado pela Copa do Mundo e pelas eleições. "Nossa projeção de crescimento é 0,9% no ano que vem, que é muito baixa. Para este ano, é zero mesmo. Para 2016, 1,6%", adianta a economista. Concluído no fim de novembro, o mais recente boletim Focus, pesquisa semanal do BC junto a instituições financeiras, prevê inflação de 6,49% e crescimento de 0,77% para 2015. Para 2014, a estimativa é que o país cresça 0,2% e a inflação feche em 6,43%.
Na tarde desta segunda, 7 de julho, o Sindec deu mais um passo importante na luta pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, com a entrega de 10.249 assinaturas do abaixo-assinado em apoio ao PL 67/2025, de autoria da deputada federal Daiana Santos (PCdoB-RS).
Com o compromisso constante de aprimorar a atuação em defesa dos comerciários de Porto Alegre, o Sindec iniciou nesta terça-feira (1) o curso de capacitação "Expert em Cálculo e Rotinas Trabalhistas", voltado aos diretores e funcionários da área de Fiscalização do sindicato.
Na última quinta-feira (26) a categoria aprovou por unanimidade a prestação de contas do exercício 2024 e o parecer do Conselho Fiscal do Sindec-POA durante Assembleia realizada de forma híbrida, presencial e virtual.
Completando 93 anos de história, o Sindec-POA é muito mais do que uma entidade sindical: é uma trincheira de resistência, conquista e solidariedade que, ao longo de quase um século, vem construindo uma trajetória de compromisso com a categoria comerciária e com a sociedade gaúcha.
Diante da prorrogação do início da obrigatoriedade das medidas para proteção da saúde mental no ambiente de trabalho por mais um ano, passando de 2025 para 2026, Clàudio Janta, Secretário-Geral do Sindec-POA, declarou que a decisão não surpreende.
O Sindec-POA ampliou a mobilização em apoio ao Projeto de Lei nº 67/2025, de autoria da deputada federal Daiana Santos (PCdoB/RS), que propõe a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, com dois dias consecutivos de descanso remunerado.
O dirigente da Força Sindical e presidente do Sindec-POA, Nilton Neco, participou nesta quarta-feira (7) da coletiva de imprensa realizada no Sindicato dos Engenheiros do RS (SENGE-RS), que apresentou os principais resultados da contrarreforma trabalhista implementada na Espanha.