Estudo do Instituto de Política Econômica Aplicada (Ipea) indica que o governo poderia zerar o superávit primário (economia para pagar juros) ainda este ano, sem prejuízo para o equilíbrio das contas, desde que todos os recursos fossem canalizados para o investimento público.
?Procurei mostrar que, dependendo do tipo de problema que queremos enfrentar, o superávit primário será mais ou menos relevante?, observa o autor da pesquisa, Roberto Messenberg, coordenador do Grupo de Análises e Projeções do Ipea. De acordo com o economista, atualmente a relação dívida/PIB está em torno de 37,6%. E, se a meta do superávit primário do governo for reduzida a zero, o máximo que esta relação crescerá será de 1,7 ponto percentual ao final de 2009.
Dívida pública - Segundo Messenberg, ?quanto maior a poupança pública, menor a dívida ao longo do tempo. Mesmo sem mexer na meta de superávit primário, não há problema em baixar superávit primário para 2% do PIB, pois esse patamar estabiliza a relação dívida/PIB este ano, mesmo que nada seja direcionado para o investimento?.
***Fonte: ***www.ipea.gov.br