Dieese indica que 87% dos salários subiram acima da inflação em 2013
Levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgado nesta quarta-feira (2), aponta que 87% dos reajustes salariais de 671 unidades de negociação em 2013 ficaram acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Dieese mostrou ainda que apenas 6% das negociações tiveram reajustes salariais abaixo do INPC-IBGE, cujo índice varia de acordo com o período da data-base das negociações salariais. Essas categorias tiveram reajustes entre 0,01% e 2% abaixo da inflação. Do total de categorias, 7% conseguiram reajustes iguais ao INPC-IBGE e que a faixa com o maior número de aumentos acima da inflação (34,7%) foi no intervalo de 1,01% a 2% de ganho real.
Os dados do Dieese apontam ainda que, na média de todas as categorias, o valor médio do aumento real dos salários sobre o INPC-IBGE foi de 1,25% nas negociações de 2013. As categorias de trabalhadores avaliadas pelo Dieese estão nos setores de indústria, comércio e serviços.
O comércio foi o setor que apresentou maior incidência de reajustes com ganhos reais em 2013, chegando a 98% do total de negociações analisadas. O valor médio dos aumentos reais no comércio em 2013 (1,42%) é inferior ao observado em 2012 e, ainda que ligeiramente, em 2010 e 2011.
Já o setor de serviços foi o que apresentou a menor porcentagem de negociações com conquistas acima da inflação do período (78%). Os reajustes abaixo do INPC no segmento representaram 11%, e outros 11% tiveram ganhos iguais à inflação. O aumento real médio nas unidades de negociação do setor chegou a 1% em 2013, abaixo do registrado em 2012.
As negociações na indústria que tiveram reajustes acima do INPC responderam por 89% do total. Aquelas que ficaram abaixo do registrado pelo índice somaram 4,7%, enquanto as que tiveram reajuste igual à inflação chegaram a 6,4%. O aumento real médio do setor no ano passado foi de 1,34%, o menor porcentual em relação aos três anos anteriores.
Fonte: Jornal do Comércio