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Desemprego tem leve queda na região Metropolitana de Porto Alegre, aponta Dieese
por Jousi Quevedo |
A taxa de desemprego na região Metropolitana de Porto Alegre apresentou leve queda, passando de 7,2% da População Economicamente Ativa (PEA) em junho para 7%. As informações captadas pela Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) foram divulgadas nesta quarta-feira pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
De acordo com os componentes, a taxa aberta passou de 6,1% para 5,9%, e a taxa de desemprego oculto permaneceu estável em 1,1%. O contingente de desempregados no mês passado foi estimado em 147 mil pessoas, 3 mil a menos do que no anterior. Esse resultado deveu-se ao aumento do nível ocupacional (mais 18 mil ocupados), superior ao ingresso de indivíduos no mercado de trabalho (mais 15 mil pessoas). A taxa de participação no período passou de 57,3% para 57,6%.
Em julho, o nível ocupacional na região apresentou aumento (0,9%). O total de ocupados foi estimado em 1.957 mil indivíduos, 18 mil pessoas a mais do que no mês anterior. Quanto aos principais setores de atividade econômica analisados, constatou-se crescimento do nível ocupacional nos serviços (1,4%), com o aumento de 15 mil ocupados; na indústria de transformação (1,2%), mais 4 mil ocupados; e na construção civil (2,2%), cujo incremento foi de 3 mil. Em sentido contrário, ocorreu variação negativa do nível ocupacional no comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (-0,8%), com a diminuição de 3 mil ocupados
Segundo a posição na ocupação, houve crescimento no emprego assalariado (1,5%, aumento de 21 mil empregos). No âmbito do setor privado, o emprego com carteira assinada apresentou elevação (1,8%, com o acréscimo de 18 mil pessoas empregadas), e o sem carteira assinada, estabilidade. No setor público, o emprego também registrou variação positiva (0,8%, ou mais 2 mil pessoas).
Nas outras formas de inserção, o contingente de trabalhadores autônomos evidenciou elevação (3%, mais 8 mil ocupados), o emprego doméstico, estabilidade, e o agregado demais posições, que engloba empregadores, profissionais universitários autônomos, donos de negócio familiar, etc., retração do nível ocupacional (-5,9%, ou menos 11 mil ocupados).
Em julho, o rendimento médio real apresentou redução para os ocupados (-1,4%) e variação negativa para os assalariados (-0,5%), interrompendo o crescimento verificado nos três meses anteriores. Em termos monetários, esses rendimentos passaram a corresponder a R$ 1.536 e a R$ 1.511 respectivamente.
Em julho, a massa de rendimentos reais registrou redução para os ocupados (-0,9%) e relativa estabilidade para os assalariados (-0,1%). No caso dos ocupados, o comportamento da massa de rendimentos deveu-se exclusivamente à queda do rendimento médio real; no dos assalariados, a relativa estabilidade da massa salarial resultou de movimentos opostos do emprego (positivo) e do salário médio real (negativo), que praticamente se compensaram.
Entre julho de 2011 e julho de 2012, a taxa de desemprego total na região Metropolitana da Capital sofreu redução de 8% para 7% da PEA. A taxa de desemprego aberto caiu de 6,7% para 5,9%, e a taxa de desemprego oculto, de 1,3% para 1,1%. Em termos absolutos, o contingente de desempregados diminuiu em 18 mil pessoas. Esse resultado deveu-se a um incremento de 60 mil ocupados, volume este superior às 42 mil pessoas que ingressaram no mercado de trabalho da região. A taxa de participação, por sua vez, passou de 57,2% para 57,6% no mesmo período.
Nos últimos 12 meses, o aumento de 3,2% no nível ocupacional deveu-se somente ao crescimento das ocupações no setor serviços (54 mil pessoas) e na indústria de transformação (9 mil pessoas). De acordo com a posição na ocupação, nos últimos 12 meses o crescimento do contingente de ocupados deveu-se ao comportamento positivo de todas as posições, destacando-se os assalariados do setor privado com carteira assinada (mais 31 mil empregados) e o agregado demais posições (mais 13 mil ocupados).
Entre junho de 2011 e junho de 2012, o rendimento médio real elevou-se em 3,8% para o total dos ocupados e em 4,0% para o segmento dos assalariados. Nesse mesmo período, a massa de rendimentos reais elevou-se em 6,6% para os ocupados e em 5,8% para os assalariados. Em ambos os casos, esse resultado deveu-se, principalmente, ao crescimento do rendimento médio real e, secundariamente, à elevação do nível ocupacional.
Taxa de desemprego permanece estável no País
Pelo quarto mês consecutivo, a taxa de desemprego ficou estável no País, conforme levantamento do Dieese e da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). Entre os meses de junho e julho a taxa permaneceu em 10,7% nas sete regiões metropolitanas pesquisadas. A estimativa é de que o total de desocupados some 2,419 milhões de trabalhadores.
Nas regiões metropolitanas analisadas, a taxa de desemprego total elevou-se, entre junho e julho, somente em Recife (de 10,9% para 11,6%). Em Fortaleza, não houve variação, ficando em 9,7%. Nas demais localidades, a taxa ficou estável: Distrito Federal (de 12,9% para 12,7%), Belo Horizonte (de 4,8% para 5%), Salvador (de 17,9% para 17,8%) e São Paulo (de 11,2 para 11,1%).
Assim como o Dieese e a Fundação Seade, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga levantamento mensal sobre o desemprego no país. No entanto, as taxas apresentadas nas duas pesquisas costumam ser diferentes, devido aos conceitos e metodologia usados.
Entre as diferenças está o conjunto de regiões pesquisadas. O Dieese e a Fundação Seade não calculam o número de desempregados da região metropolitana do Rio de Janeiro. Na pesquisa do IBGE, não estão incluídas as regiões metropolitanas de Fortaleza e do Distrito Federal.
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