Comércio gaúcho aposta no otimismo do Governo Federal
Jousi Quevedo

O comércio gaúcho vai apostar no sucesso das medidas de estímulo ao crescimento econômico do governo Federal.

O comércio gaúcho vai apostar no sucesso das medidas de estímulo ao crescimento econômico do governo Federal, nas datas comerciais do segundo semestre, no aumento do 13º salário em função da renda maior, e na capacidade dos lojistas de regiões atingidas pela estiagem em reduzir seus níveis de inadimplência em função da taxa de juros mais baixas. Isso tudo, associado ao ano eleitoral, contribuirá para que o crescimento acima dos 7,4% no período. A estimativa é do presidente da Associação Gaúcha para o Desenvolvimento do Varejo (AGV) Vilson Noer, e será validada durante a reunião mensal da diretoria da entidade para avaliar o quadro atual da economia gaúcha e a perspectiva para o segundo semestre de 2012.

O encontro com as principais lideranças entre as 111 entidades associadas acontece na sede da CDL Porto Alegre. Conforme Noer, a tendência para o segundo semestre considera que os indicativos apontam para uma melhoria do desempenho verificado até o final dos primeiros seis meses, índice estimado em 6,8%. Além disso, os lojistas esperam uma redução do índice médio de inadimplência no estado, que soma 11,5%, embora em regiões como as Missões e o Alto Uruguai este percentual chegue a 12%.

"Embora o endividamento das famílias ainda deva se manter alto, as perspectivas são de aumento do crédito e de oportunidades de trabalho com obras públicas e privadas. Isso significará uma recomposição dos índices de inadimplência, principalmente visando as compras futuras para o Natal", comenta Noer.

O dirigente destaca a necessidade de lojistas investirem no treinamento e capacitação de seus colaboradores, uma das formas de amenizar o aumento dos custos com a rotatividade de pessoal e perdas decorrentes do atendimento não satisfatório. "Não podemos desconsiderar o reajuste do salário mínimo, o preço dos aluguéis nas 20 principais cidades do interior pela escassez de locais para locação e a proliferação de shopping centers no Rio Grande do Sul", diz.

O levantamento feito com as entidades associadas apontou que o primeiro semestre de 2012 vai encerrar com uma menor capacidade de endividamento da Classe C. "Para superar os primeiros seis meses do ano vamos precisar acreditar na ajuda financeira oferecida pelo governo Federal para os estados e na reversão de expectativas do setor primário", diz o presidente da AGV.

Fonte: CDL

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