Centrais vão às ruas pelo Trabalho Decente
Renata Germano

Trabalho Decente.

Trabalho digno, com qualidade, enfim, Trabalho Decente. Esta reivindicação dos trabalhadores de todo o mundo foi levada às ruas de São Paulo, em passeata, no dia 7, pelas  centrais sindicais Força Sindical, CUT, CGTB, NCST e UGT. “Não somos contra um ou outro governo. Viemos somar para avançar, exigir Trabalho Decente. Em São Paulo, temos problemas na área das costureiras, com trabalhadores estrangeiros em situações precárias, sem registro e reivindicamos a fiscalização do Ministério do Trabalho”, disse João Carlos Gonçalves, Juruna, Secretário-geral da Força Sindical ao superintendente da Delegacia Regional do Trabalho (DRT), José Roberto de Melo. Antes da reunião com o superintendente Melo, os sindicalista realizaram passeata partindo de frente do Teatro Municipal seguindo pelas ruas Barão de Itapetininga, Avenida Ipiranga, São Luís e Martins Fontes. Eles gritavam palavras de ordem “Eu quero agora, eu quero já, eu quero ver o meu salário aumento” e “Trabalho Decente para toda a nossa gente”.

Juruna observou que a luta pelo Trabalho Decente é feita no mundo todo, com a orientação da Confederação Sindical Internacional (CSI) e pela Confederação Sindical dos Trabalhadores das Américas (CSA). “No Brasil, fizemos manifestação também com as centrais filiadas a FSM. Estamos lutando em várias frentes para obter e manter várias conquistas, entre as quais a valorização do salário mínimo e a conquista de aumentos reais de salários”, declarou.

No documento entregue ao governo, as centrais afirmaram que “agora, é hora de ampliar direitos, reduzir a jornada de trabalho sem redução de salário, combater a precarização e o trabalho infantil, garantir igualdade de oportunidades e serviços públicos de qualidade. Para que isso ocorra, é preciso aumentar os investimentos em políticas públicas e pressionar para colocar o setor financeiro em sintonia com um projeto nacional de desenvolvimento inclusivo, reduzindo as taxas de juros e ampliando os recursos para o setor produtivo e para as áreas sociais”.

“Avançamos em algumas áreas, como  contra o trabalho de crianças e adolescente e trabalho análogo ao escravo, mas temos outros desafios que precisamos vencer, entre os quais a redução da jornada de trabalho”, disse Nilton Neco de Souza, Secretário de Relações Internacionais.

Para Luiz Carlos Motta, tesoureiro da Força Sindical, o governo deve fiscalizar a ação das empresas para que a lei do trabalho aos domingos seja respeitada. Sérgio Luiz Leite, 1º Secretário da Força Sindical,  manifestou-se contra a precarização no trabalho e  Maria Auxiliadora dos Santos, Secretária de Políticas para Mulheres da Força Sindical, defendeu a redução da jornada de trabalho.

Leia abaixo, a íntegra do documento:

Dia Mundial pelo Trabalho Decente

Emprego e salário justos para toda nossa gente!

Amanha, (dia 7) milhões de trabalhadores tomarão as ruas do planeta no Dia Mundial pelo Trabalho decente, por emprego e salário justos para toda nossa gente. No Brasil, as centrais sindicais estão nas ruas para lutar por melhores condições de vida e trabalho, ampliando os laços de solidariedade e integração entre os povos.

A política de valorização do salário mínimo e o fortalecimento do papel do Estado têm sido essenciais para o país superar a crise e combater as desigualdades, e precisam ser aprofundadas para efetivar a justiça social.

Agora, é hora de ampliar direitos, reduzir a jornada de trabalho sem redução de salário, combater a precarização e o trabalho infantil, garantir igualdade de oportunidades e serviços públicos de qualidade. Para que isso ocorra, é preciso aumentar os investimentos em políticas públicas e pressionar para colocar o setor financeiro em sintonia com um projeto nacional de desenvolvimento inclusivo, reduzindo as taxas de juros e ampliando os recursos para o setor produtivo e para as áreas sociais.

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