Centrais sindicais seguem pleiteando correção maior
Gabriella Oliveira

O Clàudio Janta diz que a definição do valor de 4,5% como parâmetro de reajuste foi “um balde de água fria” na expectativa.

Em entrevista ao Jornal do Comércio, nesta quinta-feira, 10, o presidente da Força Sindical-RS e também Secretário-geral do Sindec-POA, Clàudio Janta fala do empasse na correção do reajuste da tabela progressiva do Imposto de Renda. Leia na íntegra abaixo:

Em 2011, quando o reajuste da tabela progressiva do Imposto de Renda estava sendo debatido e votado na Câmara dos Deputados e pelo Senado, as centrais sindicais de trabalhadores tiveram uma extensa agenda para pleitear uma correção superior, de 6,46%.

O presidente da Força Sindical-RS, Clàudio Janta, lembra que o estabelecimento do valor de 4,5% como parâmetro de reajuste foi “um balde de água fria” na expectativa dos sindicalistas. “É inadmissível que uma pessoa que ganha mais de R$ 1,7 mil esteja pagando Imposto de Renda”, sentencia.

Além das altas alíquotas e do baixo índice de ajuste, Janta destaca que é preciso discutir o limite das deduções. Segundo o sindicalista, no dia 6 de março as centrais sindicais vão à Brasília para, entre outras demandas, reivindicar novamente a correção. “O Brasil é o único país do mundo onde se paga imposto de renda sobre o salário, sobre o que se produz, e já tivemos avanços, como a isenção do Tributo na Participação dos Lucros e Resultados (PLR) até R$ 6 mil, mas é insuficiente”, reclama.

Janta afirma que muitos setores produtivos estão preferindo turbinar a PLR e os benefícios aos colaboradores em detrimento do salário já que muitas vezes o acréscimo na remuneração não chega a ser sentido pelos trabalhadores, por causa do IR. “Se o trabalhador que ganha R$ 1,5 mil consegue um reajuste de 8%, esse aumento vai ser diluído porque ele estava isento e começa a pagar o IR”, explica.

Fonte: Força Sindical-RS com informações Jornal do Comércio

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