A manhã desta terça-feira, 03, foi marcada pela reivindicação das Centrais Sindicais em Porto Alegre, que protestaram contra a alta de juros e a atual conjuntura política e econômica do país.
A Força Sindical-RS mobilizou seus dirigentes em frente à Sede do Banco Central do Brasil na capital. O Presidente em exercício da Central, Marcelo Furtado, disse que o ato é um marco de união das centrais na busca dos direitos dos trabalhadores.
“O mesmo governo que disse que não iria aumentar os juros, não iria mexer nos direitos dos trabalhadores, e tantas outras promessas, foi o mesmo governo que descumpriu todas elas, e quem paga a conta é sempre o trabalhador. Vamos continuar nossas manifestações e queremos que o governo reveja nossa pauta trabalhista e atenda os trabalhadores”, ressaltou.
Desde as eleições presidenciais, os juros já subiram três vezes, chegando a 12,25%, uma das maiores taxas do mundo. Somente no ano passado foram gastos com juros R$ 311,4 bilhões. Mais de 11 vezes o orçamento do programa Bolsa Família (R$ 28 bilhões).
Para repassar mais R$ 18 bilhões aos bancos, o governo editou as medidas provisórias 664 e 665, que cortam mais de 50% das pensões das viúvas; restringem o acesso ao seguro-desemprego e ao abono salarial; reduzem o auxílio-doença. E já anunciou que virão mais cortes de direitos para alcançar R$ 10 bilhões, que também serão transferidos aos bancos.
O protesto teve o apoio de diversas categorias como metalúrgicos, comerciários, aposentados e estudantes e até mesmo da população que acompanhava a mobilização na rua. O Presidente da Fetracos-RS, Dionísio Mazui, também integrou o movimento, assim como o diretor da Central, Cláudio Correa e o Diretor João Vilmar Pereira, representando o Sindec-POA.
O ato, que durou cerca de uma hora, encerrou com os manifestantes entoando o Hino Nacional, em representação ao orgulho de ser brasileiro e a esperança de um país melhor para todos.