Centrais preparam protestos e manifestações para pedir revogação das medidas provisórias
por Gabriella Oliveira | As Centrais Sindicais pedirão a revogação das Medidas Provisórias 664 e 665 aos representantes do governo.
As Centrais Sindicais se reuniram nesta terça-feira (13), em São Paulo, e decidiram cobrar do governo a revogação das Medidas Provisórias 664 e 665, anunciadas pelo governo federal no último dia 30 de dezembro. Segundo as Centrais, é preocupante que um governo que tenha manifestado a intenção de manter o diálogo anuncie medidas que retiram direitos dos trabalhadores. Vale lembrar que essas MPs difultam e restingem o acesso a benefícios trabalhistas e previdenciários, como seguro-desemprego, auxílio-doença, pensão por morte e abono salarial.
As Centrais Sindicais pedirão a revogação das Medidas Provisórias 664 e 665 aos representantes do governo em reunião agendada para o dia 19 de janeiro, em São Paulo. "Exigiremos a revogação das Medidas Provisórias. Para isto, preparamos fortes protestos e manifestações pelo Brasil", diz Miguel Torres, presidente da Força Sindical. Pelo governo, devem participar os ministros da Secretaria-Geral, Miguel Rosseto, e do Trabalho e Emprego, Manoel Dias.
Os dirigentes decidiram realizar, no dia 28 de janeiro, o Dia Nacional de Luta em Defesa dos Direitos e dos Empregos. Para esse dia estão programados atos, passeatas e manifestações em diversas cidades do País. "Não podemos permitir, de forma alguma, retrocesso no que se refere aos direitos dos trabalhadores", afirma o presidente da Força. Os sindicalistas estão preocupados com o aumento das taxas de desemprego este ano.
Também foi programada uma uma nova edição da Marcha da Classe Trabalhadora, prevista para o dia 26 de fevereiro. Segundo Torres, "tínhamos o entendimento de que todas as questões relativas ao movimento sindical seriam previamente discutidas com as Centrais. Mas não foi isto o que aconteceu quando o governo restringiu o acesso ao seguro-desemprego e ao abono salarial editando a Medida Provisória no final do ano".
O RS registrou 37 mil afastamentos do trabalho por transtornos mentais em 2024, de acordo com o Ministério da Previdência Social. Depressão e ansiedade lideram as licenças médicas, somando 18 mil afastamentos – um aumento de 68% em relação ao ano anterior.
Na manhã desta sexta-feira, o Sindec recebeu a visita da deputada federal Daiana Santos (PCdoB-RS) para discutir o Projeto de Lei 67/2025, de sua autoria, que propõe a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e garante dois dias consecutivos de descanso remunerado para os trabalhadores brasileiros.
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