Analistas ajustam projeções, mas alta da Selic para 10,25% ainda predomina
Gabriella Oliveira

Copom começa nesta terça-feira sua reunião; de 68 instituições ouvidas, 46 esperam alta do juro de 0,25 ponto porcentual.

Começa nesta terça-feira, 14, a primeira reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom) para decidir a nova taxa básica de juros (Selic). A maior parte dos economistas do mercado financeiro continua com a expectativa de que os diretores do Banco Central diminuirão o ritmo de alta da Selic. Levantamento realizado pela Agência Estado com 68 instituições mostrou que 46 delas aguardam um ajuste de 0,25 ponto porcentual para a taxa básica de juros, o que a levaria para a marca de 10,25% ao ano. A reunião do Copom se encerra na quarta-feira, quando será conhecida a decisão do órgão.

Para as 22 restantes, o colegiado deverá manter o ritmo de alta de 0,50 ponto porcentual, fazendo com que os juros atinjam o nível de 10,50% ao ano.

A nova sondagem foi feita após a divulgação, na sexta-feira, 10, do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro e de 2013. Os resultados salgados, de 0,92% e de 5,91%, respectivamente, foram anunciados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e vieram acima das expectativas dos analistas.

Depois disso, algumas casas promoveram ajustes nas previsões para o Copom de janeiro, mas o aumento de 0,25 ponto porcentual ainda é o mais citado entre os economistas do mercado. O cenário é um pouco diferente daquele visto no mercado de juros futuros da BM&FBovespa, onde as taxas iniciaram a semana atual refletindo maiores chances de uma elevação de 0,50 ponto na Selic.

Na véspera do conhecimento do IPCA, a Agência Estado havia divulgado seu tradicional levantamento sobre a reunião do comitê do Banco Central. Na ocasião, o placar trazia 57 de 71 casas com expectativa de alta para 10,25% ao ano em janeiro, contra 13 instituições com a expectativa de Selic a 10,50% e uma única casa, a GO Associados, com juro básico inalterado em 10,00%.

Fonte: Estadão

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