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97 por cento dos acordos salariais tiveram reajuste acima ou igual à inflação

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O Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgou na manhã desta quinta-feira, dia 30, um balanço das negociações dos reajustes salariais do 1º semestre de 2012.

O Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgou na manhã desta quinta-feira, dia 30, um balanço das negociações dos reajustes salariais do 1º semestre de 2012.

Segundo a pesquisa, 97% das 370 negociações salariais registradas no primeiro semestre deste ano conquistaram reajustes salariais iguais ou acima da inflação. Este resultado é o melhor resultado obtido pelos trabalhadores desde 2008, melhor até que 2010, onde os resultados haviam sido os melhores.

José Silvestre Prado de Oliveira, Coordenador de Estudos e Desenvolvimento do Dieese, ressaltou que o estudo foi realizado em todo o Brasil envolvendo os setores da Indústria, Comércio e Serviço. "O ano de 2012 superou o melhor resultado dos acordos salariais obtidos em 2010. O resultado é fruto, entre outras coisas, do importante reajuste do salário mínimo, da baixa inflação, do bom desempenho do mercado e da ampliação da formalização do mercado de trabalho", destacou.

Silvestre lembrou também que nesse período, cerca de 17% das negociações conquistaram reajuste igual ou superior a 3% acima da inflação. Esse resultado é mais do que 5 pontos percentuais superior ao observado para as mesmas unidades de negociação em 2010.

A indústria e o comércio apresentaram os melhores resultados, entre os setores. No total, cerca de 98% apresentaram reajuste acima ou igual à inflação. Já no setor de serviços 94,2% alcançaram este índice.

Jurandir Pedro de Souza, tesoureiro geral da Federação dos Químicos do Estado de São Paulo, disse que o setor dos químicos alcançou em média reajuste salarial de 7%. "Os trabalhadores em Indústrias de Brinquedos tem travado uma difícil batalha para conquistar um bom reajuste e é possível que os trabalhadores entrem em greve caso não fechem acordo".

Na avaliação do presidente em exercício da Força Sindical, Miguel Torres, os números mostram que as ações dos sindicatos e das centrais sindicais têm sido muito positivas para chegar a estes resultados, mesmo o País não apresentando um bom crescimento econômico e de produtividade. "Apesar do cenário não ter sido favorável os resultados obtidos foram bons e este é um forte argumento que nós trabalhadores poderemos utilizar nas campanhas salariais que estão iniciando neste 2º semestre".

Fonte: Assessoria de Imprensa da Força Sindical

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