Seminário debate desenvolvimento e integração na Fronteira Oeste
Na manhã desta quinta-feira, dia 16, iniciou o 7º Seminário Faixa de Fronteira, na Câmara Municipal de São Borja. A abertura contou com a participação de autoridades locais, estaduais e nacionais. Compuseram a mesa principal o presidente da Força Sindical-RS, Clàudio Janta, o secretário de Meio Ambiente da Central, Lélio Falcão, o prefeito Farelo Almeida, os vereadores Roque Feltrin e Valério Cassafuz, e o coordenador-geral de Programas Macrorregionais do Ministério da Integração Nacional, Alexandre Peixoto.
O líder estadual da Central destacou um estudo realizado para verificar as principais dificuldades para o desenvolvimento na Fronteira Oeste.
Constatamos que é o oposto do que falam sobre a população daqui. A Fronteira é responsável pela região mais rica do Estado pelo fornecimento de mão de obra. Dois empecilhos, Bioma Pampa um projeto que tramita no Congresso que transforma 62% do RS em reserva permanente de preservação ambiental e a Faixa de Fronteira", mencionou Janta.
O presidente ainda destacou a necessidade de acabar com esta lei "retrógrada, ineficaz, desnecessária e que impede o desenvolvimento e a instalação de indústrias".
O palestrante Alexandre Peixoto, coordenador-geral de Programas Macrorregionais do Ministério da Integração Nacional, sugeriu fazer um estudo com situações concretas para verificar se de fato há um empecilho ou só um exigência burocrática.
É importante a mobilização política dos territórios junto aos parlamentares e ministros para a Faixa de Fronteira ser discutida em alto nível e transformar em políticas públicas", destacou o palestrante.
O professor da Unipampa, Edson Monteiro Paniagua, contribuiu com reflexões acerca do processo de constituição do Estado e das suas fronteiras secas e naturais. Ele afirmou que a estrutura dos municípios da Fronteira Oeste é a mesma do século XIX e que o que está em jogo é o tipo de desenvolvimento necessário à região, levando em consideração fatores de desterritorialização e impactos às populações destas áreas.
A respeito da integração, o professor relatou dificuldades em relação à autonomia das instituições de ensino para a criação e manutenção das relações institucionais com países vizinhos. Atualmente, o deslocamento de representantes das instituições para cidades próximas, do outro lado da fronteira, demanda de autorização publicada no Diário Oficial da União.
O evento acontece até sexta-feira, dia 17, quando irá abordar mudanças climáticas e comércio na Fronteira. Será a partir das 9h. Participe!