Maior sindicato da iniciativa privada do RS fecha as portas em virtude da MP 873
por Régis Araújo | O fechamento do Sindec-POA também afeta os serviços assistenciais como: creche, departamento médico e odontológico e lazer.
Devido um histórico de práticas aintissindicais que iniciaram com a aprovação da Reforma Trabalhista e agora se fortalecem com a edição da MP 873; medida provisória que impede o desconto da contribuição sindical direto em folha e obriga todos os sindicatos a emitirem boletos bancários para que as pessoas possam ajudar a sua classe e serem beneficiadas pela entidade, o Sindicato dos Empregados no Comércio de Porto Alegre vem a público informar que está fechando as suas portas por tempo indeterminado, a partir de segunda-feira (18), até que se encontre uma solução para o custeio da atividade sindical.
A decisão tem reflexo nos 100 mil comerciários representados pela entidade e impacta diretamente em torno de 45 mil trabalhadores que usufruem dos serviços do Sindec anualmente.
O setor de homologação atende, em média, 2 mil comerciários por mês, realizando a conferência das rescisões contratuais;
Juntos, os setores de Segurança e Medicina do Trabalho, Fiscalização e Departamento Jurídico, atendem uma média mensal de 1 mil comerciários na sede do sindicato. Além do Serviço de Proteção ao Comerciário (SPC) que recebe diariamente por telefone e e-mail, mais de cinquenta denúncias e dúvidas trabalhistas, indo até as empresas para solucionar as irregularidades;
O sindicato também atua nos domingos e feriados para garantir que se cumpram os acordos. No último feriado de fiscalização (02 de fevereiro), por exemplo, 245 empresas foram autuadas por não estarem em conformidade com a Convenção Coletiva, ignorando os direitos dos comerciários.
O fechamento do Sindec-POA também afeta os serviços assistenciais como: creche, departamento médico e odontológico e lazer.
Não é mais viável manter a estrutura de antes, com os recursos de agora. Reforçamos o nosso compromisso frente a todos os comerciários e comerciárias: continuaremos o nosso trabalho de fiscalização constante em busca dos seus direitos, mas agora, de uma forma diferente", Presidente Nilton Neco.
Na última quinta-feira (26) a categoria aprovou por unanimidade a prestação de contas do exercício 2024 e o parecer do Conselho Fiscal do Sindec-POA durante Assembleia realizada de forma híbrida, presencial e virtual.
Completando 93 anos de história, o Sindec-POA é muito mais do que uma entidade sindical: é uma trincheira de resistência, conquista e solidariedade que, ao longo de quase um século, vem construindo uma trajetória de compromisso com a categoria comerciária e com a sociedade gaúcha.
Diante da prorrogação do início da obrigatoriedade das medidas para proteção da saúde mental no ambiente de trabalho por mais um ano, passando de 2025 para 2026, Clàudio Janta, Secretário-Geral do Sindec-POA, declarou que a decisão não surpreende.
O Sindec-POA ampliou a mobilização em apoio ao Projeto de Lei nº 67/2025, de autoria da deputada federal Daiana Santos (PCdoB/RS), que propõe a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, com dois dias consecutivos de descanso remunerado.
O dirigente da Força Sindical e presidente do Sindec-POA, Nilton Neco, participou nesta quarta-feira (7) da coletiva de imprensa realizada no Sindicato dos Engenheiros do RS (SENGE-RS), que apresentou os principais resultados da contrarreforma trabalhista implementada na Espanha.
O Sindicato dos Comerciários fechou um termo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) vigente, garantindo reajuste salarial e melhorias para os trabalhadores do setor de concessionárias.
Nos últimos meses, temos acompanhado um crescente debate sobre a jornada de trabalho no Brasil. Movimentos sociais surgiram e ganharam força nas redes sociais, defendendo diferentes propostas para reduzir a carga horária dos trabalhadores. No entanto, é preciso ter clareza sobre o que realmente é viável e pode ser aprovado no Congresso Nacional.
O RS registrou 37 mil afastamentos do trabalho por transtornos mentais em 2024, de acordo com o Ministério da Previdência Social. Depressão e ansiedade lideram as licenças médicas, somando 18 mil afastamentos – um aumento de 68% em relação ao ano anterior.