Dirigente palestra durante evento sobre o Mercado de Trabalho em Porto Alegre
Ligiane Brondani

As explanações abordaram o tema: “Pleno Emprego em Tempos de Crise: o descompasso entre a oferta e a demanda”.

O dirigente da Força Sindical-RS e do Sindicato dos Empregados no Comércio de Porto Alegre (Sindec-POA), Luis Carlos Barbosa participou nesta terça-feira (5/11) do 2º Fórum Municipal do Mercado de Trabalho de Porto Alegre.

Além do sindicalista, a diretora do instituto MC Educação Social, Maria Cecília Medeiros de Farias também palestrou no encontro. Sob a mediação da desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho, Rosane Serafini Casanova, as explanações abordaram o tema: “Pleno Emprego em Tempos de Crise: o descompasso entre a oferta e a demanda”.

A abertura do evento contou com a presença do prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, do secretário municipal do Trabalho, Pompeo de Mattos e demais representantes de entidades.

Com o auditório do Tribunal de Contas do Estado lotado, Barbosa iniciou sua palestra destacando a revolução do ensino brasileiro que vem acontecendo com o passar dos anos.

“Alguns devem lembrar da política praticada pela ditadura militar que acabou com as escolas técnicas estaduais, enquanto havia uma política pública nesse sentido. Esse foi o verdadeiro apagão! Houve uma ruptura que desqualificou o trabalhador brasileiro”.

A exemplo disto, o sindicalista mencionou a falta de qualificação dos professores, os quais alcançaram somente 8% de aprovação no último concurso estadual para o Magistério.

Outra questão pontual foi a formação de vagas de empregos e a busca por mão de obra qualificada.

"Se há pleno emprego porque o acesso ao seguro-desemprego continua crescendo?", questionou. Em sua explanação, Barbosa afirmou que há mão de obra qualificada, porém não existe quem queira trabalhar em um emprego onde vai receber um salário inferior, além da dificuldade de distância entre sua residência e o local de trabalho.

De acordo com o sindicalista, alguns motivos que geram o aumento da rotatividade e o pedido de demissão por parte dos trabalhadores são as baixas remunerações oferecidas e a extensa jornada de trabalho. Ele afirmou que mais de 50% dos pedidos de demissões são gerados pela parte do empregado.

Ao concluir, o representante da Força Sindical-RS e do Sindec-POA destacou: "é fundamental podermos utilizar o máximo do nosso tempo para se qualificar e se atualizar na nossa profissão".

Voltar pro topo