Diretora da Secretaria do Trabalho destaca esforço democrático na I CEETD
Jousi Quevedo

Eliane destacou o esforço de convivência entre dois setores antagônicos da sociedade – trabalhadores e empresários – com interesses diversos, mas que devido a um empenho coletivo foi possível estabelecer uma condição em que idéias e propostas fossem contempladas.

A diretora do Trabalho da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social do Rio Grande do Sul (STDS/RS), Eliane Martins, considerou o “esforço democrático” como fato marcante da I Conferência Estadual de Emprego e Trabalho Decente (I CEETD), realizada em Porto Alegre, nos dias 31 de outubro e 1º de novembro, e que reuniu delegados do chamado tripartismo, composto por representantes de governo, empresários e trabalhadores.

Ela destacou o esforço de convivência entre dois setores antagônicos da sociedade – trabalhadores e empresários – com interesses diversos, mas que devido a um empenho coletivo foi possível estabelecer uma condição em que idéias e propostas fossem contempladas num processo inicial de discussão do tema do emprego e do trabalho decente.

Ingrediente novo na relação já constituída entre governo e centrais sindicais, a presença dos empresários e a disputa por eles estabelecida foi vista pela diretora da STDS como importante nesse tipo de conferência. “Há um sentimento de autodefesa dos representantes patronais, que sabem que serão cobrados e criticados pela bancada dos trabalhadores, o que cria outro cenário”, analisou Eliane Martins, que notou uma abertura expressa na pré-disposição das federações patronais gaúchas de se organizar e enfrentar a discussão colocando suas propostas. Segundo ela, a preocupação em pautar os posicionamentos vigorou nas reuniões da comissão organizadora do evento e na própria conferência.

Na avaliação de integrante do governo estadual, a convivência entre visões e posições diferentes não é um exercício simples. Para ela, a conjuntura de crescimento econômico e a necessidade imperiosa de inclusão social - também como pauta do governo federal - exigem esse esforço coletivo, “mesmo que não se alcance o consenso em temas como a duração da jornada de trabalho”, explica. Eliane Martins acredita que os impasses não podem impedir que se dialogue mais amplamente, em eventos com a amplitude da I CEETD.

Ela visualiza o princípio de uma compreensão mais próxima do conceito do Trabalho Decente e as implicações decorrentes dela, dentro de um processo de construção de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento. “A sociedade terá de incorporar o conceito e entendê-lo na sua totalidade”, afirmou a diretora do Trabalho da STDS.

Fonte: Ilha da Notícia

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