Diminui o percentual de famílias gaúchas endividadas, segundo pesquisa Fecomércio-RS
Gabriella Oliveira

Menor crescimento da atividade econômica motivou queda no indicador.

O número de famílias gaúchas endividadas teve redução no mês dezembro. O resultado da pesquisa de Endividamento e Inadimplência das Famílias gaúchas (Peic-RS), divulgada nesta quarta-feira pelo Fecomércio-RS, segue a tendência do cenário apresentado ao longo de 2012. Em média, este ano apresentou um percentual de endividamento menor do que 2011, motivado pelo menor crescimento da atividade econômica. Os principais tipos de dívida atualmente são: cartão de crédito (71,8%), carnês (25,4%) e cheque especial (20,5%). Como as famílias podem ter mais de um tipo de dívida, a soma supera os 100%.

Em dezembro o percentual de famílias endividadas foi 57,6% frente aos 66,3% verificado no mesmo mês de 2011. Esse recuo já era esperado já que o período em que ocorre a pesquisa é o mesmo em que ocorre o pagamento da primeira parcela do 13º salário, o que contribui para a não formação de novas dívidas e/ou liquidação de dívidas antigas. Além disso, a queda também pode estar relacionada à "liberação" de crédito para as compras de Natal

A redução do endividamento ocorreu para as duas faixas de renda analisadas. Nas famílias com renda inferior a 10 salários mínimos, o endividamento foi de 66,0% no mês de novembro para 61,5% em dezembro. Nas famílias com rendimento superior a 10 salários mínimos, o percentual de 64,2% em novembro para 41,3% em dezembro.

Por outro lado, a parcela de famílias que se declara muito endividada apresentou nova elevação, passando de 12,2% no mês passado para 13,8% em na pesquisa de dezembro. Entretanto, o percentual de famílias com mais de 50% da renda comprometida com pagamento de dívidas apresentou redução, atingindo 7,8%.

—Nesse mês, a pesquisa mostrou que as pessoas estão mais críticas sobre a sua condição de endividamento do que a apuração de comprometimento de renda apontaria. Essa percepção certamente tem efeito negativo sobre a formação de novas dívidas quando as mesmas podem ser evitadas, contribuindo para um perfil de endividamento mais saudável— destaca o presidente do Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac, Zildo De Marchi.

O destaque para o cheque especial ajuda a justificar o aumento do percentual de famílias com contas em atraso que atingiu 32,7% em dezembro. O percentual de famílias que não terá condições de saldar as suas dívidas em atraso, por sua vez, totalizou 6,5% em dezembro, número levemente superior ao mês anterior. O tempo médio de comprometimento com dívidas teve nova queda, ao passar de 7,4 meses em novembro para 6,8 meses em dezembro.

Fonte: Zero Hora

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