Trabalhadores e empresários realizam grande ato pela indústria e pelos empregos em SP; Janta cobra medidas para empregos
Jousi Quevedo

Manifestação histórica marca luta contra a desindustrialização em SP.

Trabalhadores, empresários e estudantes  realizaram hoje (dia 4) um ato contra a desindustrialização pela empresa e pelo emprego, no estacionamento da Assembleia Legislativa, que reuniu 90 mil pessoas. A Força Sindical contratou 2 mil ônibus para transportar os trabalhadores da região metropolitana.  Muitos viajaram a noite inteira para chegar a São Paulo pela manhã. O ato começou por volta das 7 horas. Um dos apresentadores foi o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, Juruna.

“A manifestação realizada hoje serviu para mostrar o rumo que trabalhadores e empresários querem para o País ”, declarou Paulo Pereira da Silva, Paulinho, presidente da Força Sindical. Segundo ele, a união do trabalho e capital é importante para manter as indústrias e garantir os empregos no Brasil.

Paulinho afirmou que “se o Senado não aprovar logo a Resolução 72, que uniformiza a alíquota do ICMS nos Estados, vamos fechar os portos para impedir que os importados entrem de graça no Brasil fechando postos de trabalho aqui e criando empregos na China”, disse Paulinho. Para ele, as medidas anunciadas pela presidente Dilma foram insuficientes. Precisamos baixar os juros, afirmou.

A Força Sindical-RS não ficou de fora e foi até a maior cidade brasileira mostrar os anseios dos gaúchos. O presidente da central e secretário-geral do Sindec-POA, Clàudio Janta, destacou a importância de continuar e intensificar as manifestações. "Vamos continuar nas ruas mostrando que são necessárias medidas para o emprego e os trabalhadores", disse o sindicalista durante o discurso. Participaram também o diretor da Força RS e do Sindec-POA Luis Carlos Barbosa e o assessor Fernando Rosa.

Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de SP, e Sergio Nobre, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, abraçados contaram que o movimento Grito de Alerta começou a partir de uma conversa  dos dois. “Estamos mudando em busca de um País melhor. É um ato a favor do Brasil, da cidadania”, declarou.

O presidente da Assembleia Legislativa, Barros Munhoz, ressaltou que alguns criticaram o ato por estarem atrapalhando o trânsito. “O transtorno maior é uma família enfrentar o desemprego do chefe de família, porque pior de tudo é não ter emprego e renda”.

O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, disse que as medidas anunciadas pela presidente Dilma só tratam os efeitos e não as causas da desindustrialização. Não resolve o problema mais grave é a falta de competitividade.Durante o ato, vários sindicalistas da Força Sindical comentaram a desindustrialização.  “O ato não é contra o governo, mas a favor do trabalhador”, destacou Sergio Marques, presidente da  Federação dos Têxteis.Wilson Vidoto, diretor da Fetiasp (Federação dos Trabalhadores das Indústrias da Alimentação do Estado de S. Paulo), ressaltou que este é o início da mobilização para mudar o País. “É preciso baixar os juros para gerar empregos”, afirmou. Já Carlos Vicente de Oliveira, Carlão, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de SP, declarou que o pacote de medidas divulgadas pela presidente Dilma para salvar a indústria é pífio. Outra diretora da Fetiasp, Neuza Barbosa, destacou a unidade dos trabalhadores e empresários para o êxito do movimento.

Maria Auxiliadora dos Santos,presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Brinquedo do Estado de SP, disse que a importação de produtos chineses está encolhendo as indústrias e acabando com os empregos em seu setor. Já Eunice Cabral, presidente do Sindicato das Costureiras de SP, declarou que “os trabalhadores não querem exportar empregos e importar mercadorias”.

Muitos trabalhadores da construção civil compareceram ao evento. Para Antonio de Sousa Ramalho, presidente do Sindicato da categoria, a participação é importante  para defender os empregos dos trabalhadores.“Neste momento”, declarou Jorge Nazareno, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, “temos algo em comum com os empresários, que é salvar as indústrias para não perder os empregos para os produtos que vem de fora”.Para Mônica Veloso, secretária-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, defender os empregos é defender a cidadania.

Fonte: Força Sindical Nacional e Força Sindical-RSImagens: Tiago Santana

Voltar pro topo