A movimentação em frente a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), em Porto Alegre, marcou o Dia Nacional de Lutas em Defesa dos Direitos e do Emprego, nesta quarta-feira (28). O protesto foi para cobrar a revogação das Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665, anunciadas pelo governo federal no final do ano e que modificam regras sobre pensão, auxílio-doença, seguro-desemprego, entre outras.
O presidente do Sindec-POA e secretário de Relações Internacionais da Força Sindical, Nilton Neco, participou das atividades no ato em São Paulo, junto da Central.
"Sabemos que não existe déficit previdenciário, que não tem nada a ver com a previdência, e sim com o fundo de garantia, o maior aportador de dinheiro do BNDES, que é o novo escândalo da nossa república", afirmou o presidente da Força Sindical-RS, Clàudio Janta.
O sindicalista também sugeriu que o governo deve tirar essa trinca sinistra de banqueiros no Ministério da Economia e investir na produção.
"Vamos estar nas ruas e marchando em Brasília para que isso ocorra. Se não nos mobilizarmos virá a recessão, arrocho e desemprego. Não vamos nos curvar nem nos entregar!"
Organizado pelas Centrais Sindicais, o ato concentrou centenas de trabalhadores com o intuito de pedir a revogação das medidas. Para isso, as centrais organizaram um documento unitário para entregar ao superintendente regional, Neviton Nornberg. O texto também manifestou a insatisfação com a situação econômica do país, que acabou achatando os avanços nos direitos dos trabalhadores, os aumentos salariais conquistados e arrochados pela alta da inflação e pelo aumento dos juros.
"A classe trabalhadora não pode continuar pagando o ônus de uma crise que não criou e da qual tem sido a principal vítima. As Centrais reivindicam manutençãi dos direitos conquistados pelos trabalhadores ao longo dos anos, bem como a revogação/retirada dessas Mps, abrindo um amplo debate sobre a correção de distorções e eventuais fraudes, discussão para a qual as Centrais sempre estiveram abertas, reafirmando sua defesa instransigente do emprego e dos direitos trabalhistas, os quais não aceitamos que sejam reduzidos ou tenham seu acesso dificultado", destacou parte do documento.
O superintendente afirmou que o Ministério do Trabalho defende uma abertura do diálogo com o governo para encontrar os melhores mecanismos sem prejudicar os trabalhadores.
Após isso, a Força Sindical-RS deu continuidade à mobilização na Esquina Democrática, onde disctribuíram materiais e informaram a população sobre o Dia Nacional de Lutas.