Sindec alerta para a importância da saúde mental dos comerciários
por Gabriella Oliveira | Departamento de Segurança e Medicina registrou um significativo aumento em casos de afastamento por depressão durante a pandemia.
Desde o dia 1º de janeiro, a síndrome de Burnout, que muitos conhecem como a síndrome do esgotamento profissional, foi incorporada à lista das doenças ocupacionais reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Assim, os indivíduos diagnosticados (inclusive no Brasil) passam a ter as mesmas garantias trabalhistas e previdenciárias previstas para as demais doenças do trabalho.
A OMS define como doença ocupacional os problemas de saúde contraídos pelo trabalhador após ficar exposto a fatores de risco decorrentes da sua atividade laboral, que afetam sua saúde física e mental.
Como é o caso de centenas de comerciários que desde o início da pandemia sofrem as consequências da crise sanitária e econômica.
Nesse período verificamos o aumento de atendimentos e afastamento por depressão, principalmente dos trabalhadores do comércio considerado essencial, que não puderam parar suas atividades mesmo durante o pico da pandemia", explica Bruna Silva, responsável pelo Departamento de Segurança e Medicina do Sindec-POA.
E a situação ainda se agrava com a diminuição do quadro funcional, deixando acúmulo de funções que, por sua vez, resultam na repetição desse ciclo de adoecimento.
A síndrome passou a ter o código QD85, dentro da CID-11 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde). O trabalhador diagnosticado terá direito a 15 dias de afastamento remunerado. Acima desse período, receberá o benefício previdenciário pago pelo INSS – o auxílio-doença acidentário, que garante a estabilidade provisória, ou seja, este indivíduo não poderá ser dispensado sem justa causa nos 12 meses após o seu retorno.
Atenção aos sintomas:
Cansaço excessivo, físico e mental.
Dor de cabeça frequente.
Alterações no apetite.
Insônia.
Dificuldades de concentração.
Sentimentos de fracasso e insegurança.
Negatividade constante.
Sentimentos de derrota e desesperança.
Ao perceber esses sintomas o comerciário deve procurar o médico para obter o diagnóstico. O nosso setor também está à disposição para orientar no que for necessário e dar apoio a esse trabalhador", finaliza Bruna.
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