Seminário debate o desenvolvimento da região da fronteira através da geração de emprego
Jousi Quevedo

“Vemos o anúncio de instalação de fábricas no nosso Estado, e percebemos a dificuldade dessas empresas se instalarem na Fronteira Oeste” afirma Janta.

O desenvolvimento da região da fronteira foi debatido na tarde desta segunda-feira, dia 19, no 4º Seminário sobre a Faixa de Fronteira, realizado pela Força Sindical-RS, em Uruguaiana.

O evento, que ocorre na Câmara Municipal do Município, teve a mesa formada pelos seguintes representantes: diretora do Sindicato dos Vigilantes de Novo Hamburgo, Maria Rosane do Amaral, vice-presidente Fetracos, Dionísio Mazui, presidente Força Verde RS, Lélio Falcão, representante da FESENALBA, Alberto Silveira, presidente do Sindec Guaíba, Ivone Simas e o representante do secretário Luiz Augusto Lara, Ronaldo Hoesel.

O painel tratou sobre os cursos de qualificação, os investimentos na mão de obra, a energia eólica, geração de biodiesel e etanol e a implantação dos freeshops no lado brasileiro como forma de desenvolvimento da região.

O presidente da Força Verde RS, Lélio Falcão, informou dados pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que detectou e quantificou o êxodo da área da fronteira em direção ao centro do estado ou a outros países.

  • Temos que mudar esta área de exclusão para uma área de inclusão e integração. Há a possibilidade de crescimento no comércio e indústria, mas falta mão de obra qualificada e é preciso investir nessa qualificação – enfatiza.

O representante da Secretaria de Trabalho do Estado, Ronaldo Hoesel, divulgou a disponibilidade de vagas de cursos de qualificação para a região da Fronteira Oeste, sendo entre seis e sete mil vagas que estarão disponíveis para o ano de 2012.

O vice-presidente da Fetracos, Dionísio Mazui, questionou o investimento e a qualificação do Sistema S, que muitas vezes não vai ao encontro da necessidade do município. “Cabe a Força Sindical exercer um protagonismo que é do comprometimento dos políticos que nós elegemos”, finalizou Mazui.

O presidente da Força Sindical RS, Clàudio Janta, comentou sobre a dificuldade das empresas se instalarem na Fronteira Oeste, local que serve como posto de passagem para milhares de caminhões.

  • A produção regional deve ser valorizada. Nós não vamos desistir, vamos continuar discutindo essas questões. Não viemos aqui buscar nada, se não geração de emprego e renda, qualidade de vida para as pessoas – enfatizou Janta.

O Seminário tem continuidade nesta terça-feira, dia 20. Abaixo segue a programação.

9h30min - Painel III: Poluição de Rios e Lagos na Faixa de Fronteira - Resíduos Sólidos e Líquidos.

14h - Painel IV: Legislação e Impedimentos aos Trabalhadores na Faixa de Fronteira nos Países do Mercosul.

16h - Encerramento, após aprovação da Carta de Uruguaiana.

Texto: Ligiane Brondani

Fotos: Daiana Rodrigues

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