Festas em comemoração ao sindicato dos comerciários.
Navegação principal do site
Logotipo do sindicato
Se chegamos ao Ministério é porque fazemos parte dessa história, diz Brizola Neto, nos 80 anos do Sindec
por Jousi Quevedo | Ministro foi homenageado este ano com o Troféu Semear.
O ministro do Trabalho e Emprego (MTE), Brizola Neto, foi a principal presença na comemoração dos 80 anos do Sindicato dos Empregados no Comércio de Porto Alegre (Sindec), realizada na Sociedade Ginástica Porto Alegre (Sogipa), na noite de 10 de julho. O evento reuniu personalidades de diversos segmentos da sociedade gaúcha, com destaque para o prefeito da Capital, José Fortunati, a deputada estadual do PDT Juliana Brizola, o titular da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, Cláudio Corrêa, e o secretário de Relações Internacionais da Confederación Revolucionaria de Obreros y Campesinos (CROC), a mais importante central sindical mexicana.
Ao dizer que o Sindec é "um exemplo que inspira e nos leva adiante", Brizola Neto introduziu seu pronunciamento fazendo um resgate das oito décadas que se passaram desde a fundação da entidade e o quanto esta se confunde com a história do Brasil e da luta por liberdades democráticas. "Nós, da nova geração, não temos ideia do quanto era difícil fazer sindicalismo na época em que o Sindec foi criado", pronunciou o ministro ao mostrar que greve era caso de enquadramento no código penal naquela época.
Tema predileto em sua fala, Brizola Neto voltou a focalizar a importância do trabalho no desenvolvimento do país, contrapondo a posição que até recentemente apregoava a superioridade do dinheiro sobre o trabalho. A partir do Governo Lula - disse - houve uma inversão do processo, que anteriormente defendia a divisão dos resultados após o crescimento - o que nunca acontecia - para a distribuição simultânea ao progresso. Na visão superada, os especuladores - também chamados de rentistas - eram priorizados, ao contrário do atual receituário brasileiro, que faz valer o primado do trabalho. "O principal capital de um país são os trabalhadores, pois o trabalho está no centro do desenvolvimento", enfatizou o ministro.
No argumento apresentado, ele citou a valorização do salário mínimo e o corte histórico nas taxas de juros como medidas voltadas para o mercado interno e que - segundo opinou - fazem do Brasil um exemplo para o mundo. O titular do MTE traçou um paralelo entre o que ocorre na Espanha e no Brasil em meio à crise: no país europeu, de cada dois jovens um está desempregado e há ameaças constantes de cortes de direitos; enquanto aqui, há uma forte tendência de formalização do emprego. "Dez anos atrás - comentou - o índice de formalidade alcançava 50% dos empregos e hoje já ultrapassamos a marca de 70%".
O neto de Leonel de Moura Brizola incluiu os Comerciários entre as categorias mais importantes do país, afirmando que "quando o comércio vai bem, a economia também". O ministro do Trabalho e Emprego ainda relacionou a história do Sindec com a trajetória do trabalhismo, lembrando trechos do pronunciamento do presidente da entidade, Nilton Neco, que resgatou a relação do sindicalismo com a política, ao apontar nomes e momentos em que essa presença foi marcante. Um dos exemplos mais expressivos dessa ligação aconteceu durante a chamada Campanha da Legalidade, quando a sede do Sindec abrigou um comitê de resistência. "Se hoje chegamos ao Ministério, é porque fazemos parte dessa história", arrematou Brizola Neto.
LEGALIDADE - A Campanha da Legalidade foi um movimento de caráter civil e militar de 14 dias que ocorreu após a renúncia de Jânio Quadros da Presidência do Brasil organizado no Sul e Sudeste do Brasil, em 1961, liderada então governador gaúcho Leonel Brizola (que era cunhado de Jango, tio-avô de Brizola Neto), e o general Machado Lopes, em que diversos políticos e setores da sociedade defenderam a manutenção da ordem jurídica, que previa a posse de João Goulart. Outros segmentos da sociedade - notadamente os militares - defendiam um rompimento na ordem jurídica, o impedimento da posse do vice-presidente e a convocação de novas eleições democráticas.
Com o compromisso constante de aprimorar a atuação em defesa dos comerciários de Porto Alegre, o Sindec iniciou nesta terça-feira (1) o curso de capacitação "Expert em Cálculo e Rotinas Trabalhistas", voltado aos diretores e funcionários da área de Fiscalização do sindicato.
Na última quinta-feira (26) a categoria aprovou por unanimidade a prestação de contas do exercício 2024 e o parecer do Conselho Fiscal do Sindec-POA durante Assembleia realizada de forma híbrida, presencial e virtual.
Completando 93 anos de história, o Sindec-POA é muito mais do que uma entidade sindical: é uma trincheira de resistência, conquista e solidariedade que, ao longo de quase um século, vem construindo uma trajetória de compromisso com a categoria comerciária e com a sociedade gaúcha.
Diante da prorrogação do início da obrigatoriedade das medidas para proteção da saúde mental no ambiente de trabalho por mais um ano, passando de 2025 para 2026, Clàudio Janta, Secretário-Geral do Sindec-POA, declarou que a decisão não surpreende.
O Sindec-POA ampliou a mobilização em apoio ao Projeto de Lei nº 67/2025, de autoria da deputada federal Daiana Santos (PCdoB/RS), que propõe a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, com dois dias consecutivos de descanso remunerado.
O dirigente da Força Sindical e presidente do Sindec-POA, Nilton Neco, participou nesta quarta-feira (7) da coletiva de imprensa realizada no Sindicato dos Engenheiros do RS (SENGE-RS), que apresentou os principais resultados da contrarreforma trabalhista implementada na Espanha.
O Sindicato dos Comerciários fechou um termo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) vigente, garantindo reajuste salarial e melhorias para os trabalhadores do setor de concessionárias.
Nos últimos meses, temos acompanhado um crescente debate sobre a jornada de trabalho no Brasil. Movimentos sociais surgiram e ganharam força nas redes sociais, defendendo diferentes propostas para reduzir a carga horária dos trabalhadores. No entanto, é preciso ter clareza sobre o que realmente é viável e pode ser aprovado no Congresso Nacional.