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Região da Fronteira debate energias eólica e carvão mineral na VI Conferência do Bioma Pampa

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O objetivo deste debate é.

O diretor do Sindec/Porto Alegre, Luis Carlos Barbosa, abriu os trabalhos na VI Conferência do Bioma Pampa no painel "Energia do Pampa, fator de geração de emprego e renda". O objetivo deste debate é "resgatar o desenvolvimento da região, gerando energia", disse Barbosa.

Elifas Simas, diretor presidente da CRM Térmica a Gás-Sulgás, foi o primeiro falar sobre a realidade da região, no que se refere à exploração das jazidas de carvão na região de Minas do Leão e Candiota. Segundo o gestor, a extração das jazidas tem prazo. "O Brasil é um dos maiores produtores e as jazidas de carvão mineral se encontram no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná", disse.

Simas apresentou um estudo da empresa e afirmou que embora o RS tenha auto suficiência em carvão, ainda tem que importar energia. O diretor da CRM destacou que a fonte de energia é fundamental para a região especialmente para a Campanha gaúcha.

Segundo Simas, a extração de carvão ocorre via projetos da iniciativa privada, sem recurso público. O gestor assegurou que há benefícios na extração de carvão, sem agressão ao meio ambiente, desde que haja projetos de desenvolvimento para o setor.

Após a palestra da CRM, foi a vez do representante da Eólica Cerro Chato, João Ramis, que abordou o potencial dos ventos de Livramento e região. "A Sub-estação CEE em Livramento tinha potencial, mas está esgotada. A AES Sul prevê investimentos, mas é a energia eólica que vem se apresentando como alternativa na matriz energética do país e é um tipo de energia. As eólicas diversificam a geração de energia. Podemos fazer com elas, assim como outras fontes, o desenvolvimento das energias limpas e renováveis com base nas energias firmes, térmicas e hídricas", destacou Ramis.

E complementou: "A sociedade tem que perceber que precisamos de barragens para a garantia do sistema, tanto as matrizes térmicas como hídricas."

Ramis tratou também do ponto de vista da manutenção da energia a partir de seu uso, com a racionalização e eficiência de seu uso. "Precisamos discutir o desenvolvimento sustentável, com prerrogativas ambientais. O crescimento é apenas econômico e isto é um modelo imposto que precisamos reavaliar", criticou, lembrando a importância do reaproveitamento da água.

Debate com o público

Clàudio Janta, presidente da Força Sindical-RS e da Fetracos, interviu no debate e ressaltou que a região deve criar fórum para definir maneiras de desenvolvimento agregado. Janta questionou também a possibilidade de aproveitamento da argila no Estado.

Simas respondeu que, quando participou de reunião com governador Tarso Genro e o secretário de Infra Estrutura Beto Albuquerque, tentou negociar incentivo e viabilidade econômico de polo cerâmico em Candiota, com produção de telhas e tijolos.

De Quaraí, Marco Vieira questionou se existe a possibilidade de outra cidade da Fronteira ter parque eólico. Ramis respondeu que no Escudo Rio Grandense há possbilidades. Na região de Uruguaiana e Alegrete não foi ressaltado nenhum ponto comercialmente viável. Bagé e Rosário do Sul também precisam de incentivo e investimentos.

Sobre a geração de emprego e renda nas cidades da região, uma questão bastante presente na plateia, a mesa respondeu que ainda há concentração de desenvolvimento e precisa gerar diversificação com fábricas localizadas na Fronteira Oeste para absorver o trabalho do homem da campanha.

Texto: Josemari Quevedo

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