Pequenas empresas respondem por 77 por cento dos empregos criados
Jousi Quevedo

As micro e pequenas empresas (MPEs) foram responsáveis por 77,3% do saldo líquido de empregos gerados no Brasil durante julho. Os números são de um levantamento realizado pelo Sebrae, serviço de apoio à micro e pequena empresa, a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego.

"O resultado mostra que as micro e pequenas empresas continuam sustentando o crescimento do mercado de trabalho interno, principalmente no setor de serviços. Os pequenos negócios são os motores da economia brasileira, que já mostra sinais de recuperação", afirma o presidente do Sebrae, Luiz Barretto.

Entre as microempresas, as que mais contrataram foram as com até quatro funcionários. Elas responderam no mês de julho por 81,4% das vagas, com saldo de emprego líquido positivo em todos os setores.

Por setor de atividade, serviços foi o que gerou mais postos, respondendo por 27,4% do total das MPEs. Em seguida, destacaram-se comércio (19,9%) e construção civil (16,6%).

Segundo as informações do Ministério do Trabalho, em julho de 2012 foram gerados 142.496 empregos com carteira assinada no Brasil. O volume corresponde a uma elevação de 0,37% no contingente de assalariados celetistas na comparação com junho.

No acumulado dos últimos 12 meses, foram gerados 1,54 milhão de postos de trabalho, o equivalente a um crescimento de 4,09% do contingente de assalariados com carteira assinada.

Uma outra área importante para economia, a de tecnologia da informação (TI) é um das prioridades do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e as linhas de financiamento do programa Prosoft (de apoio ao desenvolvimento de software, serviços de informática e outros) serão renovadas neste ano, afirmou Julio Ramundo, diretor do banco.

O BNDES já emprestou R$ 3 bilhões ao setor desde 2004. O programa tem prazo final em 31 de dezembro deste ano, mas a data será prolongada.

O executivo não deu detalhes, porém, sobre eventuais mudanças de regras nem qual será a vigência e o orçamento do "novo" Prosoft. Segundo Ramundo, o programa, ao lado de outras ações do banco implementadas desde 2004, foi responsável por "multiplicar em 60 vezes" o volume de recursos emprestados à área de serviços de TI - como desenvolvimento software, consultoria, suporte, manutenção e implantação de data centers.

Ramundo disse ainda que o banco recentemente criou uma nova modalidade de apoio ao setor: um fundo de participação para investir em companhias da área, nas quais o banco passará a ser acionista.

A ideia, diz ele, é aportar de R$ 250 milhões a R$ 300 milhões em empresas do setor com potencial de crescimento.

Fonte: Informações do jornal DCI

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