Passagem custará R$ 2,85 a partir de segunda-feira em Porto Alegre
por Jousi Quevedo | O Sindec-POA protesta contra este aumento abusivo.
A partir da próxima segunda-feira, os 1.659 ônibus que circulam em Porto Alegre passarão a cobrar R$ 2,85 de tarifa. A decisão foi apresentada nesta terça-feira pelo prefeito José Fortunati. O novo valor significa um reajuste de 5,56% em relação aos R$ 2,70 cobrados atualmente. O valor do táxi-lotação passará de R$ 4,00 para R$ 4,25, um aumento de 6,25%. A passagem escolar custará R$ 1,42. "Ninguém quer reajuste, mas precisamos implantá-lo por imposição da inflação. É necessário equalizar o custo com a manutenção do sistema. Não abrimos mão de que o serviço seja de qualidade", explica Fortunati.
De acordo com o prefeito, a Capital tem um ótimo transporte urbano, entretanto, a implantação de algumas medidas acaba encarecendo a passagem. "Ao menos 23% da frota tem ar-condicionado, 51% tem elevador para deficientes e 48% dos gastos estão relacionados ao pagamento do salário dos rodoviários. Essas coisas custam caro. Em Curitiba, nenhum ônibus tem ar-condicionado", diz.
O valor sancionado foi um arredondamento para baixo dos R$ 2,88 determinado pela análise técnica da Coordenação de Regulação de Transportes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e aprovado, também nesta terça-feira, pelo Conselho Municipal de Transportes Urbanos (Comtu). A votação teve 16 votos a favor e dois contra - um da Central Única dos Trabalhadores do Estado do Rio Grande do Sul (CUT-RS) e outro da União das Associações de Moradores de Porto Alegre (Uampa).
Na reunião, os conselheiros debateram as causas do aumento. A porcentagem de 48% dos custos para o pagamento do salário dos rodoviários não foi a principal causa apontada na discussão dos membros. De acordo com o presidente da Comtu, Jaires Maciel, a queda do Índice de Passageiros por Km (IPK), que calcula o número de pessoas em comparação com os quilômetros rodados, foi um fator importante. "Houve uma redução desse índice em função da gratuidade da passagem para 28% da população e do não pagamento da tarifa no segundo ônibus, utilizado em no máximo 30 minutos."
Afonso Martins, representante da CUT-RS no conselho, disse que houve uma boa mudança de posicionamento na votação, porque não se colocou como grande vilão o salário dos rodoviários. "Quando se instituiu a segunda passagem gratuita, não se previu o aumento no número de passageiros. Toda vez que alguém tem algum serviço de graça, outra pessoa está pagando em demasia", assinala.
Na frente da sede da EPTC, local onde aconteceu a apreciação do Comtu, um grupo de estudantes, integrantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Ufrgs, realizou uma manifestação contra o aumento. "Não queremos que o preço suba enquanto não tiver sido feito um amplo debate com a sociedade", relata Ludmila Fagundes, integrante do protesto. O grupo solicitava uma análise mais aprofundada do serviço prestado pelas empresas de transporte e que fossem apresentadas as contas dos custos.
Na tarde desta segunda, 7 de julho, o Sindec deu mais um passo importante na luta pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, com a entrega de 10.249 assinaturas do abaixo-assinado em apoio ao PL 67/2025, de autoria da deputada federal Daiana Santos (PCdoB-RS).
Com o compromisso constante de aprimorar a atuação em defesa dos comerciários de Porto Alegre, o Sindec iniciou nesta terça-feira (1) o curso de capacitação "Expert em Cálculo e Rotinas Trabalhistas", voltado aos diretores e funcionários da área de Fiscalização do sindicato.
Na última quinta-feira (26) a categoria aprovou por unanimidade a prestação de contas do exercício 2024 e o parecer do Conselho Fiscal do Sindec-POA durante Assembleia realizada de forma híbrida, presencial e virtual.
Completando 93 anos de história, o Sindec-POA é muito mais do que uma entidade sindical: é uma trincheira de resistência, conquista e solidariedade que, ao longo de quase um século, vem construindo uma trajetória de compromisso com a categoria comerciária e com a sociedade gaúcha.
Diante da prorrogação do início da obrigatoriedade das medidas para proteção da saúde mental no ambiente de trabalho por mais um ano, passando de 2025 para 2026, Clàudio Janta, Secretário-Geral do Sindec-POA, declarou que a decisão não surpreende.
O Sindec-POA ampliou a mobilização em apoio ao Projeto de Lei nº 67/2025, de autoria da deputada federal Daiana Santos (PCdoB/RS), que propõe a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, com dois dias consecutivos de descanso remunerado.
O dirigente da Força Sindical e presidente do Sindec-POA, Nilton Neco, participou nesta quarta-feira (7) da coletiva de imprensa realizada no Sindicato dos Engenheiros do RS (SENGE-RS), que apresentou os principais resultados da contrarreforma trabalhista implementada na Espanha.