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Novos rumos do desenvolvimento brasileiro e os impactos da crise são os destaques da palestra do Dieese

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O momento do Brasil manter alto nível de desenvolvimento a partir doo mercado interno é agora, diz palestrante.

O diretor técnico do Dieese Clemente Gans Lucio palestrou sobre Crise Econômica Mundial no primeiro painel desta quarta-feira. "O Brasil está encontrando algo que sempre quisemos, que é o desenvolvimento. E chegou momentos de fazer escolha. É sobre isso que falarei aqui", introduziu o palestrante.

Lucio está há 27 anos no Dieese e já acompanhou várias mudanças econômicas, estando nos anos 1990 as principais dificuldades que explicam contextos atuais. Atualmente, as verdades absolutas dos anos 90 passaram a ser relativas, como a realidade de que o Brasil poderia crescer a 2%. "Mais recentemente passamos a entender que há outros caminhos", destacou, colocando o movimento sindical como responsável pelas novas escolhas em função dos seus quadros organizados.

Que ideia era essa que nos deixou 20 anos patinando por nos fazer acreditar que não poderíamos crescer mais? Hoje temos milhões de carteiras de trabalho oficializadas, um desenvolvimento se consolidando e dizem que agora é possível o país ser grande, sem medo da inflação", questionou Clemente. "Temos que fazer escolhas fundamentais para aquilo que queremos como resultado", completou.

O Brasil tem a chance de fazer uma mudança efetiva em 20 anos, com a recuperação de três dimensões fundamentais: recuperação da ideia de que o Brasil cresce com o fortalecimento do mercado interno e complementarmente orientado para o mercado externo, assentamento na geração de emprego e fortalecimento da renda e implicamento de olhar para que os investimentos ocorram de forma bem distribuída no território.

O PAC tem prioridade para o Nordeste, mas está correta esta política. Mas o investimento tem que ter capacidade para distribuir resultados para todo o território: hidrovias, aeroportos, educação, instrumentos de distribuição e estruturação social ampla", ressaltou.

A perspectiva clara de investimentos é outra prerrogativa apontada como uma ação permanente para ampliar a capacidade produtiva da economia.

No setor da construção civil, os sindicatos podem ser responsáveis por processo de inovação tecnológica que melhora a qualidade dos postos de trabalho e renda, vamos fazer?", desafiou o palestrante.

Em resumo, há a oportunidade de uma sociedade organizada perante uma situação favorável com dinâmica de mercado interna e com crescimento de salários, questões que devem ser preservadas.

O crescimento do salário mínimo é uma reação à crise internacional", avaliou Lucio, afirmando que o Brasil vai sim sofrer efeitos da crise, mas a partir de um posicionamento diferente. Segundo Lucio, o Brasil deve saber que fortalecendo o mercado interno e com melhoras de condições de trabalho e renda e mobilizando recursos para fazer investimentos sairá melhor da crise em relação a outros países.

Do ponto de vista do crescimento econômico, o mundo descobriu que o que foi construído em termos de modelo econômico destrói o planeta e coloca a vida em risco. Assim a sustentabilidade ambiental começou a ser movida para o centro do desenvolvimento econômico. O Brasil poderá ter um desenvolvimento que produza bem estar social e qualidade de vida do ponto de vista ambiental, sendo um exemplo para o mundo e chegando a posição de quarta nação do mundo. Para isso, é necessário rever os métodos de distribuição de renda e, neste sentido, o movimento sindical tem importância fundamental.

A mediação foi realizada pelo presidente do SindiVigilantes RS, Édson Feijó; e a presidente do Sindicato das Secretarias do PR, Neuralice Mainá.

Texto: Josemari Quevedo.

Footografias: Cíntia Rodriguês

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