O dia 9 de abril ficará marcado na história do movimento sindical e também do Brasil. Milhares de trabalhadores tomaram as principais avenidas de São Paulo na 8ª Marcha da Classe Trabalhadora- por mais direitos e qualidade de vida-.
A marcha reuniu todas as Centrais sindicais em um ato unificado que começou às 9h na Praça da Sé, com o pronunciamento dos dirigentes de todo o Brasil. Dali, os trabalhadores seguiram pela Avenida Brigadeiro Luís Antônio até a Paulista, onde aconteceu o ato de encerramento no vão livre do MASP, por volta das 13h.
A Força Sindical-RS participou da mobilização representada pelo presidente em exercício e também pelos dirigentes das entidades filiadas, dentre elas, o Sindec-POA.
“Mais uma vez as centrais se uniram para que o governo federal nos ouça, volte a sentar com os trabalhadores e pelo menos olhe com bons olhos a nossa pauta. Nós precisamos que o Brasil avance, e só vai avançar se o governo federal nos escutar. Nós temos que reduzir os juros nesse país, acabar com o fator previdenciário, fazer com que a política do salário mínimo continue, e para isso precisamos cada vez mais de unidade”, afirmou Marcelo Furtado, Presidente em exercício da Central.
As sindicalistas do Rio Grande do Sul também foram representadas pela Secretária de Políticas para as Mulheres da Força Sindical-RS, Ivone Simas. “Buscamos a igualdade e a oportunidade, queremos salários e direitos iguais”, disse.
Para o Secretário Nacional de Relações Internacionais da Força Sindical e Presidente do Sindec-POA, Nilton Neco, a marcha foi histórica. “Essa com certeza é a maior mobilização das centrais no Brasil feita nos últimos tempos. Prova que o trabalhador está unido e mostra a força da unidade das centrais brasileiras. Tenho certeza que vamos ser ouvidos pelo congresso nacional e vamos ser ouvidos pela presidente Dilma para que avancemos nos nossos direitos”, relatou Neco.
O Presidente da Força Sindical Nacional, Miguel Eduardo Torres, disse que os trabalhadores deram um exemplo de unidade e organização para o mundo, e citou um exemplo que mostra a união das centrais.
“Na semana passada conseguimos eleger um brasileiro para a presidência da CSI, uma vitória para o movimento sindical que, muitas vezes, é atacado”, relatou.
Miguel ainda lembrou que a mobilização é fundamental, pois desde que a última versão da pauta dos trabalhadores foi elaborada, em 2010, pouco se obteve progresso. “A Dilma nos deu esperança de que a pauta evoluísse, mas nos decepcionamos e não avançamos em nada”, concluiu.