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Intenção de consumo das famílias gaúchas acelera 35,3% em julho

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Uma mulher e duas crianças observando produtos na prateleira
Queda na inflação contribui para a recuperação do consumo dos gaúchos.

Um levantamento realizado pela Fecomércio-RS, divulgado nesta segunda-feira (24), mostra que a intenção de consumo das famílias do Rio Grande do Sul (ICF-RS) acelerou 35,3% no mês de julho, comparado ao mesmo período de 2016. Segundo a pesquisa, o indicador atingiu 75,1 pontos. Com exceção do componente que avalia as perspectivas profissionais, todos os demais apresentaram melhora neste mês.

De acordo com Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS, a inflação menor em 2017 e a maior segurança no emprego contribuem para a recuperação do consumo das famílias gaúchas.

O levantamento aponta que a segurança em relação à situação do emprego teve expansão de 34,5% sobre julho/2016, alcançando 115,4 pontos. Embora no Rio Grande do Sul a geração líquida de empregos tenha apresentado saldo negativo em junho deste ano, no acumulado de 2017 ocorre a geração positiva de vagas formais. Já a avaliação quanto à situação de renda teve elevação de 8,5% sobre julho de 2016, registrando 76,2 pontos.

Apesar da queda da inflação, os preços ainda crescem e influenciam na percepção de renda dos gaúchos. Em relação ao consumo atual, o índice registrou alta de 57,4% na comparação com julho de 2016. Aos 54,3 pontos, a melhora reflete a desaceleração dos preços que, por sua vez, aumenta a capacidade de compra dos consumidores. No entanto, a combinação formada por taxa de juros elevada e mercado de trabalho enfraquecido ajuda a frear a volta do consumo.

O indicador que mede a facilidade de acesso ao crédito cresceu 60,3%, chegando a 74,0 pontos. Apesar da taxa básica de juros ter recuado nos últimos meses, assim como a inflação, essa dinâmica mantém o crédito caro para os consumidores gaúchos, uma vez que a taxa de juros real permanece alta.

O indicador que mede a perspectiva profissional, o único com variação negativa, caiu 14,3% sobre julho de 2016. O resultado evidencia que os consumidores permanecem com a confiança fraca pela falta de uma retomada mais robusta da economia.

Já a perspectiva de consumo apurou 83,7 pontos, apresentando variação de 89,3% em relação a julho de 2016.

Jornal do Comércio

Foto:PHILIPPE HUGUEN/AFP/JC

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