Imposto de Renda: Dilma retira mais direitos dos trabalhadores
Ligiane Brondani

Leia a opinião do presidente da Força Sindical-RS e secretário-geral do Sindec-POA, Clàudio Janta.

A vaca tossiu mais uma vez. Na manhã desta terça-feira foi publicado no Diário Oficial da União o veto da presidente Dilma à correção do Imposto de Renda, que havia sido aprovada pelo Congresso em dezembro. O governo recuou o índice para 4,5%, fazendo cair por terra a tão suada correção de 6,5%, que isentaria os trabalhadores que recebem até R$ 1903,98.

A justificativa, é claro, reside na hipocrisia de evitar impactos na arrecadação. O trabalhador que recebe a partir de R$ 1.787,77 ainda é obrigado a entregar uma parcela do seu suor para os cofres de um país que paga auxílio moradia de R$ 4,3, com dinheiro público, para juiz; que gastou, só em 2014,  R$ 394 milhões com premiações, festividades, homenagens e  conferências; que alterou a Lei de Diretrizes Orçamentárias para justificar, dentre outros rombos, os R$ 2,7 bilhões com passagens e diárias - sem falar nos outros bilhões envolvidos em esquemas de corrupção.

O governo Dilma rasga mais uma vez seu compromisso com os trabalhadores, especialmente com aqueles que ganham menos. Mexeu de novo nos direitos, adquiridos e sacramentados pelo Congresso. Vetou uma importante conquista, fruto do esforço coletivo e afastou ainda mais o país da tão almejada justiça tributária.

O sentimento de indignação não ficará guardado. Vamos às ruas e conclamamos todos os trabalhadores a juntarem-se ao protesto, que não é mais pela aquisição de direitos, mas pela manutenção das nossas conquistas, que têm sido desrespeitadas e minimizadas por um governo que vira as costas para todos os seus compromissos que, pelo visto, foram meramente eleitoreiros.

Dia 28, todos às ruas!

Clàudio Janta

Presidente da Força Sindical-RS e secretário-geral do Sindec-POA

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