Governo do Estado captará recursos do BID para a área social
Jousi Quevedo

Financiamento de US$ 56 milhões busca combater criminalidade.

A missão do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) encerra nesta sexta–feira o trabalho no Estado. Desde a segunda-feira passada, 10 técnicos da instituição trabalham junto com representantes das secretarias da Justiça e dos Direitos Humanos, da Segurança Pública e do Planejamento em projetos para investimentos na área social que somam US$ 56 milhões.

As ações foram detalhadas nesta quinta-feira pelo secretário da Justiça e dos Direitos Humanos, Fabiano Pereira, o representante do BID no Brasil, Dino Caprirolo, além da diretora do Departamento de Direitos Humanos da SJDH, Tâmara Biolo Soares.

O dinheiro do BID será usado para investimentos na prevenção à violência com a instalação dos Centros POD Juventude, na construção de unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase) e no aprimoramento do policiamento comunitário. “Esse recurso tem endereço: será aplicado na área social”, afirmou Fabiano. O secretário destacou ainda que boa parte dos projetos é voltada à geração de oportunidades. “Nós precisamos dar oportunidade, especialmente, aos jovens que sofrem com a violência”, disse, acrescentando que a iniciativa faz parte do Programa de Oportunidades e Direitos (POD) da SJDH.

Ao falar sobre a importância de se implantar ações para prevenir a violência entre jovens, o representante do BID no Brasil destacou que o projeto com foco na área social é inédito. “É uma iniciativa única, original, o Rio grande do Sul é pioneiro”, revelou Dino Caprirolo. Além de Porto Alegre, Viamão e Alvorada serão os municípios beneficiados com ações para reduzir a criminalidade entre jovens até 24 anos. As três cidades da Região Metropolitana concentram o maior número de homicídios do RS, cerca de 31%.

A previsão é de que o financiamento do BID comece a entrar nos cofres do Estado a partir de março de 2013, conforme a diretora do Departamento de Direitos Humanos, Tâmara Biolo Soares, que coordena o projeto. O governo do Estado terá até cinco anos para aplicar os recursos. Segundo ela, ainda não estão definidos o número de parcelas e prazo de pagamento do empréstimo.

Fonte: Jornal do Comércio

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