Força Sul define ações em busca do fortalecimento da Central
Ligiane Brondani
reunião força sul

O grupo ainda aprovou uma moção de repúdio em relação às reformas trabalhistas, da previdência e ao aparelhamento partidário da Força Sindical.

A Força Sul, integrada pelas centrais do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, realizaram uma reunião no sábado (dia 18) com as lideranças sindicais para discutir o 8º Congresso Nacional da Força Sindical, os principais encaminhamentos além das ações para fortalecer a central.

Diversas lideranças que representam milhares de trabalhadores estiveram presentes. Do Rio Grande do Sul participaram o presidente em exercício da Central, Marcelo Furtado, o presidente licenciado, Clàudio Janta, o diretor Claudio Correa, o presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Porto Alegre (Sindec/POA), Nilton Neco, o diretor do Sindec/POA, Américo Cordeiro, e o presidente do Senalba/RS, Antonio Johann.

As posições defendidas pelos sindicalistas é sobre a necessidade de priorizar a luta da Central pelos trabalhadores, e que esta atitude independa de posições ou vínculos partidários.

“Estamos dando o contraponto e acho importante esse reagrupamento, discutindo e principalmente estarmos dando rumo para Força Sindical nas questões e atuações dentro da Central. Sempre buscamos um representante que quando falasse e discutisse alguma proposta fosse me nome da Força Sindical. É importante um posicionamento forte que faz a Força voltar para o seu rumo”, defendeu o presidente licenciado e também secretário-geral do Sindec/POA, Clàudio Janta.

Já o presidente do Sindec e secretário nacional de Relações Internacionais da Força Sindical, Nilton Neco, indagou: “Que Central queremos para nós” e ainda destacou:

“O que está se passando dentro da Central é algo que já era previsto, mas temos que avaliar que tipo de Central queremos, devemos fazer uma avaliação profunda sobre a forma de trabalhar e de fazer política para a Central, visando a representatividade da entidade”.

No mesmo sentido o presidente em exercício da Força Sindical-RS, Marcelo Furtado, defendeu: "Somos cobrados quanto à posição da Central, pois se tivéssemos o posicionamento correto, e não trelado a um partido político, poderíamos ser a maior central do país".

O anfitrião do grupo, o presidente da Força Sindical Santa Catarina, Osvaldo Mafra, analisou que a Força Sindical nacional precisa ouvir e atender as demandas dos Estados para que todos possam ajudar na luta pelos trabalhadores.

A Força Sul aprovou uma moção de repúdio em relação às reformas trabalhistas, da previdência e ao aparelhamento partidário da Força Sindical. Além disso definiu a realização de um seminário no mês de março, a fim de debater as ações para o Congresso Nacional.

CARTA DA FORÇA SUL

*MOÇÃO DE REPÚDIO ÀS REFORMAS DA PREVIDÊNCIA E TRABALHISTA E AO APARALHEMENTO PARTIDÁRIO

DA FORÇA SINDICAL*

Na condição de representantes de mais de dois milhões e meio de trabalhadores, nós, presidentes e diretores de entidades filiadas à Força Sindical nos estados de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, vimos a público manifestar nosso repúdio às mudanças que subtraem direitos dos trabalhadores, consignadas nas reformas da Previdência e Trabalhista do governo federal.

De mesmo modo manifestamos nossa contrariedade ao fato da Força Sindical encaminhar tratativas no Congresso Nacional sobre essas matérias sem abrir um amplo debate interno com seus sindicatos filiados, assumindo posições de um partido como se fossem da central sindical. Entendemos que as posições partidárias pessoais de dirigentes sindicais não devem, em hipótese alguma, sobrepor-se aos interesses dos trabalhadores.

Nossa central deve ser para o trabalhador não só no discurso de marketing, mas também em suas posições políticas e iniciativas.

Reafirmamos as posições dos 5º, 6º e 7º congressos nacionais da Força Sindical, no sentido de manter a unicidade pela base, a qual vem sendo afrontada constantemente por encaminhamentos da Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Por fim, destacamos: Urge que a Força Sindical de uma guinada efetiva no sentido da luta trabalhista e se blinde contra interferências partidárias, sob pena de uma grande debandada de sindicatos, sob pena do enfraquecimento da classe trabalhadora e do esfacelamento de todo o arcabouço de direitos que conquistamos, a duras penas, com anos de luta.

Florianópolis, 19 de fevereiro de 2017

Foto: André Nojima

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