Dieese - Cigarro também prejudica o bolso do consumidor
por Jousi Quevedo | O grupo das Despesas Pessoais (11,38%) foi o grande responsável pela inflação de abril; a alta deve-se ao reajuste dos cigarros (23,75%), o qual, sozinho, agravou o cálculo do ICV em 0,38 pp..
O Índice do Custo de Vida - ICV, calculado pelo DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, em abril, apresentou taxa de 0,68%, superior à de março (0,59%) em 0,09 pontos percentuais (pp.).
O grupo das Despesas Pessoais (11,38%) foi o grande responsável pela inflação de abril; a alta deve-se ao reajuste dos cigarros (23,75%), o qual, sozinho, agravou o cálculo do ICV em 0,38 pp.
Outro grupo que pressionou a inflação foi o da Alimentação (0,35%), com pequena deflação nos produtos in natura e semielaborados (-0,11%), e alta nos subgrupos dos bens da indústria alimentícia (0,65%) e da alimentação fora do domicílio (0,85%).
Nos produtos in natura e semielaborados, a desagregação de seus itens revela os seguintes comportamentos:
Peixes e frutos do mar (-1,49%), com queda acentuada no bacalhau (-4,87%);
Frutas (-1,43%), com altas e baixas que caracterizam a sazonalidade destes produtos; os principais aumentos na manga (14,51%) e uva (10,42%), e quedas no maracujá (-17,50%), limão (-5,31%), abacaxi (-5,09%) e laranja (-3,87%);
Carnes (-1,21%), apresentando queda em ambos os tipos: bovina (-1,22%) e suína (-1,12%);
Aves e ovos (-0,43%), com queda no frango (-1,60%) e aumento acentuado nos ovos (4,83%);
Raízes e tubérculos (2,39%), com aumento significativo na batata (8,12%) e
Grãos (5,22%), com forte alta no feijão (13,50%).
No subgrupo da indústria da alimentação (0,65%), vários produtos apontaram pequenas altas, só o óleo de cozinha se salientou com taxa de 2,34%. Na alimentação fora do domicílio (0,85%), os reajustes foram semelhantes em seus itens: refeição principal (0,89%) e lanches (0,80%).
Na Saúde (0,38%), a alta se deu no subgrupo da assistência médica (0,47%), resultado dos reajustes praticados pelos seguros e convênios médicos (0,53%) e pelas consultas médicas (0,30%). Os medicamentos e produtos farmacêuticos (0,02%) pouco alteraram seus valores.
A pequena taxa da Habitação (0,18%) se deve às variações em todos os subgrupos: locação, impostos e condomínio (0,21%), operação do domicílio (0,10%) e conservação do domicílio (0,45%).
O aumento no grupo Transporte (0,26%) se deve à inflação do subgrupo individual (0,38%), consequência da alta no álcool (1,54%). As tarifas do transporte coletivo não alteraram.
Índices por estrato de renda
Além do índice geral (0,68%), o DIEESE calcula mais três indicadores de inflação, segundo tercis da renda das famílias paulistanas. Em abril, as taxas foram positivas e decrescentes com o poder aquisitivo: 1º estrato 0,94%, 2º estrato 0,78% e 3º estrato 0,58%. Estas taxas em relação às de março apontaram as seguintes diferenças: 1º estrato (0,44 pp.), 2º (0,28 pp.) e 3º (-0,07 pp.).
Inflação acumulada
A inflação geral nos últimos 12 meses, de maio de 2011 a abril de 2012, acumula alta de 5,37%. Por estrato de renda, as taxas anuais foram: estrato 1 (5,21%), estrato 2 (4,85%) e estrato 3 (5,62%). Neste primeiro quadrimestre de 2012, o índice geral foi de 2,74% e seu comportamento apontou taxas distintas: estrato 1 (2,39%), estrato 2 (2,32%) e estrato 3 (3,02%).
Comportamento dos preços neste quadrimestre de 2012
Acima de 2,74%, que corresponde à alta deste quadrimestre, observaram-se os grupos: Despesas Pessoais (13,14%), Educação e Leitura (7,81%), Habitação (3,40%) e Saúde (3,33%). Os demais grupos apontaram taxas pequenas ou negativas: Alimentação (1,43%), Despesas Diversas (0,96%), Transporte (0,15%), Recreação (0,10%), Vestuário (-0,01%) e Equipamentos (-1,25%).
No estrato 1 estão incluídas as famílias com renda média de R$ 377,49; o 2 engloba aquelas com rendimento médio de R$ 934,17 e no 3, aquelas que ganham em média R$ 2.792,90, em valores de junho de 1996.
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