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Desemprego em Porto Alegre tem menor taxa da história, aponta Dieese

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Estimativa é de que 115 mil pessoas estavam desocupadas em outubro, 2 mil a menos do que no mês anterior.

A taxa de desemprego na região metropolitana de Porto Alegre recuou para 6,1% em outubro, a menor desde que começou a ser calculada pela Pesquisa de Emprego e Desemprego (PDE), do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em 1992. Há uma semana, a pesquisa do IBGE também indicava recorde de emprego na Capital, apesar das metodologias diferentes.

Para o Dieese, o desemprego na Capital registrou estabilidade durante o ano, oscilando entre 6,7% e 6,1%. Em setembro, a taxa era de 6,2%. O número total de desempregados na região metropolitana de Porto Alegre foi de 115 mil pessoas, 2 mil a menos que o registrado no mês anterior. A ocupação, no entanto, diminuiu 0,1%. Isso se explica pela saída de 3 mil pessoas do mercado de trabalho.

O total de ocupados foi estimado em 1,7 milhão de pessoas. As áreas que mais recebem trabalhadores são os serviços (972 mil trabalhadores) e o comércio (355 mil).

O emprego assalariado teve redução de 0,2%, o que representa 2 mil empregos a menos. O setor privado apresentou redução nos empregos tanto com carteira assinada quanto sem, num total de 10 mil empregos a menos que o mês anterior. Já o setor público recebeu 8 mil empregados no mês. O número de autônomos (1,3%) e de empregados domésticos (3,3%) também cresceu no período, com cerca de 3 mil empregados a mais em cada setor.

Entre setembro do ano passado e setembro de 2013, o rendimento médio real apresentou crescimento de 4,3% – de R$ 1.653 para R$ 1.724. O salário médio real cresceu 5,5% no mesmo período.

Entenda a diferença entre as metodologias utilizadas pelo IBGE e pelo Dieese

As duas pesquisas usam metodologias diferentes para calcular o desemprego. Enquanto o IBGE calcula apenas o desemprego aberto (pessoas que procuraram trabalho de maneira efetiva nos 30 dias anteriores ao da entrevista), o Dieese leva também em conta o desemprego oculto pelo trabalho precário (pessoas que realizam trabalhos ocasionais ou em ajuda a parentes e que procuraram mudar de trabalho nos 30 dias anteriores ao da entrevista) e pelo desalento (pessoas que não possuem trabalho e nem procuraram nos últimos 30 dias anteriores ao da entrevista, por desestímulos do mercado de trabalho).

A pesquisa do IBGE se chama Pesquisa Mensal de Emprego (PME) e sua série histórica começa em março de 2002. Para realizar a pesquisa, mensalmente, cerca de 400 servidores do instituto visitam aproximadamente 44 mil domicílios em seis regiões metropolitanas: Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

Já o Dieese realiza mensalmente a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED). Na Região Metropolitana de Porto Alegre, a série histórica de dados inicia em 1992. Os dados são coletados em parceria com a Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser (FEE), a Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS/SINE-RS), a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, a Secretaria da Justiça e do Desenvolvimento Social do Estado do Rio Grande do Sul, a Secretaria do Planejamento e Gestão do Estado do Rio Grande do Sul. São pesquisados em torno de 2.500 domicílios por mês, sem repetição das unidades selecionadas, de modo a garantir a aplicação de questionários em, no mínimo, 6.000 domicílios por trimestre.

Fonte: Zero Hora

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