Matérias trabalhistas de interesse da categoria comerciária.
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Demissões no comércio pressionam desemprego
por Andréia Sarmanho | Segundo o IBGE, foram dispensadas 111 mil pessoas em fevereiro.
As dispensas no setor de comércio, que chegaram a 111 mil trabalhadores em fevereiro, foram o principal motivo para a ligeira alta na taxa de desemprego em fevereiro, na comparação com janeiro, das seis principais regiões metropolitanas do País pesquisadas pelo IBGE. A taxa de desemprego de fevereiro medida pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME) foi de 5,1%, alta de 0,3% em relação ao mês anterior. A despeito do avanço, foi a menor taxa para mês desde 2003. A série histórica começou em março de 2002.
O índice cresceu porque houve um aumento na procura por emprego sem que houvesse necessariamente crescimento na quantidade de postos de trabalho. Esse movimento é normal no início do ano, principalmente no setor de comércio. Em geral, ocorre dispensa dos trabalhadores temporários que foram contratados para as festas de final de ano. O crescimento na quantidade de pessoas desocupadas, que são aquelas que não têm emprego, mas estão à procura de um, reflete essa pressão no mercado de trabalho. A chamada população desocupada cresceu 6,9% de janeiro para fevereiro deste ano e atingiu 1,2 milhão de pessoas.
O movimento de dispensa do comércio, que já vinha acontecendo em janeiro, foi o que contribuiu para a alta da taxa. A população ocupada reduziu em 137 mil pessoas em fevereiro. Só o comércio, individualmente, dispensou 111 mil trabalhadores", disse a técnica do IBGE Adriana Araújo Beringuy.
Na comparação anual, contudo, a taxa de desemprego em fevereiro recuou 0,5% em relação a igual período de 2013. O desemprego caiu, porém, porque mais gente entrou na faixa chamada "população não economicamente ativa", que é o grupo de pessoas que não trabalham, mas que também não estão à procura de uma ocupação. No período de um ano, 686 mil pessoas ingressaram nesse grupo, alta de 3,8%. Portanto, mesmo que não tenha havido geração significativa de postos, houve menos pressão no mercado de trabalho no período. Na esteira desse processo, caiu muito a população desocupada, que é o grupo de desempregados que estão buscando uma oportunidade no mercado. A queda na comparação de fevereiro deste ano com igual período do ano anterior foi de 8,3%. Isso mostra que parte dos que estavam desempregados nesse intervalo desistiram de buscar trabalho.
O rendimento médio real dos trabalhadores atingiu, no segundo mês deste ano, R$ 2.015,60, alta de 0,8% relação a janeiro (R$ 2.000,53) e de 3,1% ante fevereiro (R$ 1.954,99). A alta dos salários no comércio foi de 2,8% na comparação com janeiro, paraR$ 1.573,30.
Enfraquecimento econômico atinge emprego privado
Os efeitos do enfraquecimento da economia brasileira no mercado de trabalho podem ser percebidos na maior desaceleração no número de pessoas ocupadas no setor privado, segundo especialistas. A constatação também sinaliza que "a situação diferenciada no emprego", ressaltada pela presidente Dilma Rousseff recentemente, pode se tornar uma das próximas pedras no sapato do governo, além do controle da inflação e do equilíbrio das contas públicas.
A média móvel dos últimos três meses dos estoques de empregados do setor privado caiu 0,3% na comparação com igual período um ano atrás", constatou o economista-chefe do CGD Securities, Mauro Schneider. O setor privado representa 84% do total da População Ocupada (PO) e, nos 16% de ocupados no setor público, a média móvel dos estoques de empregados subiu 0,8% entre dezembro de 2013 e fevereiro último. "Na verdade, não temos tido mais geração de empregos, e isso mostra que a economia privada está sendo influenciada pelo enfraquecimento da conjuntura econômica. Esse enfraquecimento já é visível há um bom tempo nos números do PIB e está se manifestando no mercado de trabalho desde meados do ano passado", afirmou Schneider, acrescentando que a comparação entre a média da PO nos últimos três meses com a de 12 meses atrás aponta variação de -0,2%".
O pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) Fernando Holanda, ressaltou que o total da População Ocupada (PO) vinha crescendo em torno de 2% e, a partir de setembro do ano passado, a desaceleração foi muito rápida. "No setor privado, houve aumento de 0,9% na média acumulada de 12 meses até janeiro de 2014, ante avanço de 1,8% na média acumulada de 12 meses até setembro de 2014. Isso evidencia que o mercado de trabalho teve uma forte desaceleração de setembro para cá", confirmou.
A perda da capacidade de criação de postos de trabalho está relacionada à redução da capacidade de crescimento da economia brasileira, que vem sendo caracterizada por um comportamento muito ruim da indústria. O professor do Instituto de Economia da Unicamp Claudio Salvadori Dedecca ressalta que há uma expectativa de melhora com a Copa do Mundo. Mas ele aponta que isso não reduz as tensões no médio e no longo prazo, "que são o grande gargalo." O economista da Tendências Consultoria Rafael Bacciotti concorda que a trajetória da economia não permite apostas em expansão significativa do mercado de trabalho.
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