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Déficit de profissionais de tecnologia se aprofunda no País
por Gabriella Oliveira |
As vagas de emprego para profissionais de tecnologia da informação e comunicação (área conhecida pela sigla TIC) estarão sobrando, em centenas de milhares, daqui a dois anos. Especialmente no campo de redes e conectividade, o número de cadeiras vazias triplicará, segundo estudo da consultoria IDC encomendado pela Cisco. As 39,9 mil posições não preenchidas em 2011 subirão para 117,2 mil em 2015. Isso significa que a demanda por trabalhadores excederá em 32% a oferta.
O resultado da pesquisa reforça um cenário preocupante no País, a um ano da Copa do Mundo e a três da Olimpíada: a falta de mão de obra qualificada no mercado das TICs. O Brasil é o segundo país da América Latina que mais enfrenta dificuldade para contratar profissionais nesse setor, apenas atrás do México, diz Giuseppe Marrara, diretor de relações governamentais da Cisco do Brasil. "Formar gente o suficiente (nas universidades e escolas técnicas) é muito difícil."
Segundo o executivo, apenas para a área de redes, o País tem cerca de 22 mil novos formandos a cada ano, enquanto a demanda é por 40 mil. Essa disparidade acaba provocando as distorções típicas do segmento da tecnologia, em que profissionais em início de carreira recebem salários equivalentes, na teoria, a posições seniores. Há casos em que um gestor de segurança chega a receber mais de R$ 20 mil.
Segurança da informação é uma das áreas mais importantes e difíceis de serem preenchidas. Segundo a empresa PromonLogicalis, integradora de soluções de TICs, a situação piora ainda mais quando se busca profissionais fora do eixo Rio-São Paulo. Uma das saídas que a companhia encontrou para driblar essa carência de trabalhadores capacitados foi investir na educação de profissionais de nível júnior, pagando parte de cursos em universidades. É uma forma de prepará-los para assumir posições mais desafiadoras.
Lucas Pinz, funcionário da PromonLogicalis, entrou na empresa aos 18 anos de idade, com pouco conhecimento do mercado. Hoje, aos 31, é gerente de tecnologia e tem a responsabilidade de desenvolver soluções complexas. "Vejo que os estudantes saem das universidades com pouco conhecimento prático do setor", diz. As razões, para Pinz, estão na grade curricular defasada nas universidades e na falta de diálogo entre as empresas e as universidades.
Nos últimos dias, o debate sobre o fim da escala de trabalho 6x1 e a possibilidade de um modelo mais humanizado, com três dias de folga por semana, voltou ao centro das discussões. Esse é um tema que o Sindec-POA apoia e luta há décadas para que se torne realidade, não só pela sua importância social, mas por representar um avanço concreto nas condições de vida dos trabalhadores.
Com objetivo de oferecer à categoria comerciária, ferramentas de que possam completar e acelerar sua jornada de ensino e formação profissional, recentemente firmamos convênio com o Colégio Método para o EJA (Educação de Jovens e Adultos) ensino Fundamental e Médio.
Na noite de quarta-feira, 30 de outubro, data que celebra o Dia do Comerciário, o Sindicato dos Empregados no Comércio de Porto Alegre (Sindec) realizou a cerimônia de posse de sua nova diretoria para o quadriênio 2024-2028.
O Sindicato dos Empregados no Comércio de Porto Alegre e os sindicatos empresariais do comércio finalizaram com sucesso a campanha salarial, firmando um acordo que assegura avanços importantes para os trabalhadores.