Davos alerta países contra desigualdade
Jousi Quevedo

Déficits orçamentários e desigualdade social prejudicarão o crescimento econômico por incentivarem protecionismo e nacionalismo, se não forem atacados por políticas governamentais e líderes empresariais, segundo relatório divulgado em Londres.

Maiores disparidades de renda e desequilíbrios fiscais são as ameaças mais prováveis à prosperidade mundial na próxima década, disse ontem o Fórum Econômico Mundial.

Déficits orçamentários e desigualdade social prejudicarão o crescimento econômico por incentivarem protecionismo e nacionalismo, se não forem atacados por políticas governamentais e líderes empresariais, segundo relatório divulgado em Londres.

O documento foi baseado em consultas a 469 especialistas, inclusive executivos de companhias de seguros e de instituições planejadoras de políticas. O Fórum Econômico Mundial realiza daqui a duas semanas sua reunião anual no resort suíço de Davos.

O boletim também citou "fatores marginais" que representam ameaças potenciais para a economia mundial, como um inverno vulcânico e ataques cibernéticos contra empresas e governos.

A crise da dívida europeia será um entrave ao crescimento econômico mundial, fazendo com que a região entre em recessão neste ano, segundo os analistas. A turbulência econômica poderá criar as mesmas condições de desigualdade que provocaram as revoluções da Primavera Árabe na Tunísia, Egito e Líbia, segundo o fórum.

Um grande colapso financeiro sistêmico e catástrofes hidrológicas foram considerados os maiores riscos em termos de impacto, segundo o relatório. Um ano atrás, catástrofes meteorológicas e hidrológicas foram citadas como os perigos mais prováveis, sendo que uma crise fiscal e turbulências climáticas eram consideradas como as ameaças de maior impacto. A erupção do vulcão islandês Eyjafjallajoekull em 2010 lembrou aos gestores de risco como a natureza pode introduzir caos nos sistemas de transporte do mundo.

Fonte: Valor Econômico

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