por Gabriella Oliveira | Na última reunião, colegiado elevou Selic de 7,25% para 7,50%.
A maior parte dos diretores do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que votou pela elevação da Selic (taxa básica de juros) de 7,25% ao ano para 7,5% ao ano, levou em consideração o nível elevado da inflação e a dispersão de aumentos de preços, segundo a ata divulgada nesta quinta-feira. O documento explicou que o julgamento de todos os membros é convergente no que se refere à necessidade de uma ação de política monetária destinada a neutralizar riscos que se apresentam no cenário prospectivo para a inflação, notadamente para o próximo ano.
A decisão de elevar a Selic, porém, não foi unânime, já que Aldo Luiz Mendes e Luiz Awazu Pereira da Silva avaliaram que o melhor para o momento era manter a a taxa básica de juros no patamar de então. Os dois diretores argumentaram que está em curso uma reavaliação do crescimento global e por isso votaram pela manutenção da taxa. De acordo com o documento, esse nível elevado da inflação e a dispersão do aumento de preços contribuem para que a inflação mostre resistência e ensejam uma resposta da política monetária.
O Copom ponderou, porém, que incertezas internas e, principalmente, externas cercam o cenário prospectivo para a inflação e recomendam que a política monetária seja administrada com "cautela".
Força desinflacionaria
A ata da última reunião do Copom retirou a palavra "importante" do parágrafo 27, quando cita os ativos que apresentam força desinflacionária. "Importa destacar a moderação recentemente observada na dinâmica dos preços de certos ativos reais e financeiros, que, na hipótese de permanecerem nos atuais níveis, constituirão força desinflacionária", trouxe o documento.
Na ata de março, a frase era: "Além disso, importa destacar moderação recentemente observada na dinâmica dos preços de certos ativos reais e financeiros, que, na hipótese de permanecerem nos atuais níveis, constituirão importante força desinflacionária".
Embora não diga na ata, o Banco Central tem citado como exemplo desses ativos em outros meios de comunicação o câmbio e o preço de imóveis. Naquele mesmo parágrafo, o Copom ressaltou que o cenário central contempla um ritmo de atividade doméstica mais intenso neste e no próximo ano. "Nesse contexto, o Copom destaca a estreita margem de ociosidade no mercado de trabalho, apesar dos sinais de moderação nesse mercado".
O grupo também ponderou que, em tais circunstâncias, um risco significativo é a possibilidade de concessão de aumentos de salários incompatíveis com o crescimento da produtividade e suas repercussões negativas sobre a dinâmica da inflação.
Gasolina
A ata divulgada nesta quinta-feira manteve as projeções já apresentadas em março para o comportamento de preços de todos os itens monitorados ou administrados pelo governo e que constam do documento. A projeção de reajuste no preço da gasolina para 2013, por exemplo, foi mantida em 5%. Para a tarifa residencial de eletricidade, a expectativa é de um recuo de aproximadamente 15% este ano já levando em conta reajustes e revisões de preços assim como reduções de encargos setoriais anunciadas pelo governo.
O Copom projeta também estabilidade do preço do gás de botijão e redução de 2,0% da tarifa de telefonia fixa, para o acumulado de 2013. O conjunto de preços administrados por contrato e monitorados se manteve em 2,7% para o acumulado deste ano, assim como já era aguardado no mês passado. Também foi mantida a expectativa para esse conjunto de preços administrados para o acumulado de 2014, em 4,5%.
As inflações projetadas no cenário de mercado para este ano e para o próximo diminuíram em relação ao valor considerado na reunião do Copom de março. Apesar disso, ambas se posicionam acima do valor central de 4,5% para a meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). No caso do cenário de referência, a inflação projetada para 2013 se manteve estável, enquanto para 2014 a projeção aumentou em relação ao valor considerado na reunião do Copom de março. Ambas se posicionam acima do valor central da meta.
O cenário de referência leva em conta as hipóteses de manutenção da taxa de câmbio em R$ 2,00 / US$ e da taxa Selic em 7,25% ao ano em todo o horizonte relevante. O cenário de mercado leva em conta as trajetórias de câmbio e de juros coletadas para o Boletim Focus com analistas de mercado, no período imediatamente anterior à reunião do Copom.
O BC ponderou que, apesar de limitações da oferta, o ritmo da atividade doméstica se intensificou no primeiro trimestre. Além disso, destacou que informações recentes apontam para a retomada do investimento e para uma trajetória de crescimento, "no horizonte relevante", mais alinhada com o crescimento potencial. Na avaliação do Copom, a demanda doméstica continuará a ser impulsionada pelos efeitos defasados de ações de política monetária implementadas recentemente. Também auxiliará nesse processo a expansão moderada da oferta de crédito, tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas.
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